Por Gabriel Barbosa
Faltando 27 dias para o 1° turno das eleições municipais de 2020, os institutos de pesquisa vão as ruas para saber a avaliação dos eleitores em relação aos gestores de sua cidade e/ou estado.
No caso das capitais, as três cases com altos índices de aprovação são reservadas a ACM Neto (DEM) em Salvador com 85% de aprovação, Alexandre Kalil (PSD) em Belo Horizonte, com 73% e Roberto Cláudio (PDT) em Fortaleza, com 53%.
Já na esfera estadual, temos o governador baiano, Rui Costa (PT), onde no seu segundo mandato, registra 79% de aprovação. Sem dúvidas, Costa é um potencial aspirante ao Senado Federal em 2022.
Entre os prefeitos, somente Kalil poderá concorrer a reeleição, ACM e RC estão encerrando seus ciclos e com cacife para disputar as eleições para governador da Bahia e Ceará, respectivamente, em 2022. A conferir!
Pois bem, os altos índices de aprovação dos quatro mandatários revela que a ideologia ou bandeira partidária não é um fator decisivo para o eleitorado no momento de avaliar o gestor.
Em outras palavras, inexiste o purismo ideológico ou sectarismo, que ainda persiste numa fração da esquerda brasileira, seja por boa intenção ou má fé na tentativa de prejudicar adversários.
As emergências populares não permitem que o gesto ideológico, por mais nobre que seja, tenha um papel central na solução dos problemas.
O pleito municipal é o símbolo mais persistente desse fenômeno do desapego. Não a toa, vemos alianças dos mais diversos tipos e cores partidárias.
Na realidade, o impacto das políticas públicas passam, de forma prioritária, pelo município. É nessa esfera que a população sente de forma direta a presença ou ausência do poder público.
Sendo assim, não vale a máxima de que “o povo não sabe votar” ou quem não vota no partido A ou B é um poço de ignorância, ou pior, que os eleitores votam na “base do chicote”. No final das contas, a população é sábia e uma boa gestão independe da filiação do gestor.