Nesta sexta-feira, 16, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão pela Operação Fake SMS que investiga a contratação de uma empresa de disparos de mensagens pelo Governo do Piauí. Atualmente, o estado é governado por Wellington Dias (PT).
Na ação, que acontece 30 dias antes do 1° turno das eleições municipais, foram apreendidos celulares documentos, celulares, HDs externos e pendrives.
Após as apreensões, a PF vai apurar se a empresa contratada fazia disparos de mensagens e comentários nas redes sociais com o intuito de denegrir com ofensas e informações falsas a imagem de candidatos, partido ou coligação. Se comprovada as acusações, os envolvidos responderão por crime eleitoral.
Os mandados foram expendidos pela 98a Zona Eleitoral de Teresina.
Em nota, o Governo do Piauí negou que tenha contratado uma empresa de disparos de mensagens e que não foi comunicado sobre a operação. Leia a nota na íntegra!
O Governo do Estado do Piauí informa que não foi notificado e de nenhuma forma acionado a respeito da operação “Fake SMS”. Esclarece que não tem contrato com nenhuma empresa para o envio de mensagens em massa e nem tem responsabilidade sobre contratos feitos por quaisquer candidatos para fins eleitorais. Estranha ainda que o Governo do Estado seja citado em uma operação em que o material apreendido ainda será periciado, apontando o Governo como possível culpado em uma investigação que ainda será iniciada.
Destaca que, caso haja responsabilidade de algum agente público por qualquer ato, todas as providencias serão adotadas imediatamente a fim de punir os responsáveis. Uma vez comprovada que não há nenhuma responsabilidade por parte do Governo, também irá acionar judicialmente, por abuso de autoridade, os responsáveis pela acusação prévia e precipitada da operação.
Alexandre Neres
17/10/2020 - 01h00
Pelo visto, mais um comentário meu vai para a lista dos censurados. É o influxo do desgoverno autoritário perpassando por toda a sociedade, inclusive este blogue, que um dia aparentou ter sido progressista. É o novo normal.
Escrevi sobre a matéria da operação marquetagem. A matéria original, não a repaginada que agora a substituiu, não fazia a menor reminiscência a Cid Gomes, não citava seu nome. Era uma matéria anódina, ao sabor das conveniências, evidenciando o comportamento desequilibrado deste blogue, que desistiu de fazer jornalismo. Ao lado, por coincidência, estava esta matéria do governo do Piauí, em que se dava nome aos bois, para deixar cabalmente demonstrada a agressão aos princípios jornalísticos mais comezinhos.
A pessoa pode nem se dar conta, pode nem ter descoberto quem é ou não, mas lá no fundo sabe que não passa de um quinta-coluna. Em determinados momentos cruciais, em situações históricas específicas, o homem se trai e se revela, seja um torturador ou um lambe-botas que faça rapapés, que adota um comportamento que agrade ao establishment. Porém, como disse o saudoso Brizola, a política adora a traição, mas abomina o traíra.
Em tempo, apesar de tirar um sarro com os moralistas sem moral que pululam por aqui, por óbvio me posicionei no sentido de que a operação da força-tarefa tem a maior cara de ser política, haja vista o timing perfeito em que é deflagrada para influir nos pleitos eleitorais.
Marco Vitis
16/10/2020 - 19h38
Enquanto isso, o Gabinete do Ódio continua tranquilo…