Segundo o relatório divulgado hoje da pesquisa Datafolha, é muito o alto percentual de paulistanos que ainda não sabem em quem vão votar.
Na pesquisa espontânea, em que não se apresenta o nome do candidato, 61% dos paulistanos responderam que não sabem em quem vão votar, ou que votarão nulo, branco, ou que não irão votar.
Entre mulheres, esse percentual sobe para 66%.
Entre eleitores com renda familiar até 2 salários, o percentual vai a 70%.
Entre eleitores mais ricos, o grau de dúvida é muito menor: apenas 35% não tem um candidato na ponta da língua.
Outro dado que chama a atenção é o grau de desconhecimento dos candidatos progressistas, sobretudo em relação aos dois candidatos conservadores que lideram a pesquisa.
Enquanto o percentual de eleitores que afirmam desconhecer Russomano e Covas é praticamente nulo, Marcio França e Boulos são desconhecidos por 29% e 46% do eleitorado, respectivamente.
Jilmar Tatto e Orlando Silva, por sua vez, são desconhecidos por 60% e 645 do eleitorado.
Tanto o grau de indecisão do eleitor como o elevado desconhecimento de alguns candidatos importantes, que terão bastante tempo de TV (como Marcio França e Jilmar Tatto, por exemplo), sinalizam que espaço para mudanças no cenário eleitoral da cidade.
Quando se considera os dados estratificados por renda, chama a atenção a liderança de Covas e Boulos entre famílias com renda acima de 10 salários, entre as quais ambos tem 25% das intenções de voto. Marcio França e Russomano tem somente
Também merece destaque a altíssima pontuação de Russomano entre as famílias de baixa renda, onde ele tem 34% das intenções de voto, contra 18% de Covas, 5% de Boulos e 8% de Marcio França.
Como 70% do eleitorado de baixa renda ainda se mantém indeciso, e como os candidatos progressistas são mais desconhecidos, sobretudo junto a essa parte da população, Russomano e Covas levam vantagem nessas primeiras semanas de campanha, porque são mais conhecidos.
Por sua vez, Guilherme Boulos consegue um percentual razoável de saída, por causa de sua boa pontuação entre o eleitorado mais rico, junto ao qual ele tem ótima pontuação.
Tudo indica que muita coisa pode mudar!
Outro fator curioso na pesquisa é a baixa organicidade partidária dos eleitores, especialmente daqueles que declaram “preferência pelo PT”.
Segundo o Datafolha, 36% dos que declaram preferência pelo PT dizem que vão votar em Russomano, outros 17% em Covas, 17% em Boulos, 3% em França e 7% em Tatto.
