O Ibope divulgou o relatório estratificado da pesquisa no Rio de Janeiro, feita entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro.
A novidade é que a administração de Marcelo Crivella é reprovada por 78% dos eleitores.
Entre católicos, sua rejeição é de 89%.
Mesmo entre evangélicos, onde ele tem sua base eleitoral, o prefeito vem perdendo apoio: uma maioria de 53% da comunidade evangélica o reprova, contra 39% que o apoia.
Entre eleitores com renda média acima de 5 salários, sua rejeição é de 85%. entre aqueles com ensino superior, 88% o reprovam, índice que cai para 76% entre os eleitores com ensino médio, e 66% entre aqueles com atẽ o ensino fundamental.
No relatório, verifica-se ainda que Marcelo Crivella já está atrás de Eduardo Paes e Martha Rocha entre eleitores não-evangélicos quando se trata das intenções de voto para as eleições deste ano.
Entre católicos, por exemplo, Crivella tem 8% das intenções, contra 11% de Martha Rocha e 34% de Eduardo Paes.
Na coluna “outras religiões” (que inclui também os eleitores sem religião), Crivella tem 5%, contra 6% de Martha, 10% de Benedita e 26% de Paes.
Entre evangélicos, todavia, Crivella tem liderança isolada, 26% das intenções de voto, contra 3% de Benedita, 8% de Martha e 17% de Paes.
Conclusão: para que seja possível tirar Crivella do segundo turno, será necessário reduzir sua votação entre eleitores evangélicos.
Na estratificação por sexo, idade e escolaridade, constata-se que a força de Crivella está concentrada entre eleitores de menor instrução, até o ensino fundamental, entre os quais ele tem 20% das intenções de voto.
Entre eleitores com ensino superior, Paes tem 34%, contra 7% de Crivella, 8% de Benedita e 11% de Martha.
Na estratificação por renda, temos a seguinte situação. Entre eleitores de baixa renda, que ganham até 1 salário, Crivella tem 13%, empatado com Martha Rocha, que tem 11% neste segmento. Benedita tem 8% nesta coluna. Eduardo Paes, 20%.
Entre eleitores com renda familiar acima de 5 salários, Crivella tem 8%, Benedita 7%, Martha Rocha 4% e Eduardo Paes, 40%.
Nas tabelas de rejeição, o prefeito Marcelo Crivella é o campeão, com 57% dos entrevistados afirmando que nunca votariam nele. Entre eleitores com ensino superior, este percentual sobe para 67%.
A rejeição de Crivella entre não-evangélicos oscila entre 62% para católicos e 66% na coluna outros.
Entre eleitores com renda familiar acima de 5 salários, a rejeição de Crivella chega a 64%, o mesmo percentual para os que ganham entre 2 e 5 salários. A rejeição de Crivella nas faixas inferiores de renda segue alta.