A Procuradoria Geral da República (PGR) afirmou que o então secretário de Saúde do governo Witzel, Edmar Santos, foi procurado pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT), para comunicar que o dinheiro devolvido pela Casa ao Tesouro Estadual seria distribuído para algumas cidades do interior fluminense.
Na delação premiada, Edmar disse a verba transferida da Alerj para a Secretaria estadual de Saúde (SESA-RJ) era repassada para algumas prefeituras indicadas por deputados estaduais.
Ao todo, cerca de 87 cidades foram beneficiadas com transferências de R$1 milhão com o propósito de construir centros de triagens. Porém, em alguns desses munícipios as obras não foram iniciadas.
Ainda de acordo com Edmar, Ceciliano teria dito que existia uma divisão dos recursos desviados e que parte desse dinheiro seria devolvido em espécie para parlamentares.
O ex-titular da pasta também detalhou um episódio em que a Alerj iria fazer um repasse de R$25 milhões para a secretaria municipal de Duque de Caxias, na baixada fluminense. A operação seria um pedido do deputado estadual Marcelo Canela (MDB) e que Ceciliano iria atender.
Porém, o presidente da Alerj foi avisado pelo secretário André Moura que a Casa não tinha como fazer o repasse pela falta de recursos.
Em nota, Ceciliano rebateu as acusações.
“A cada momento, novas e contraditórias versões da delação do réu confesso Edmar são noticiadas, na tentativa desesperada de reduzir sua pena”
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