Uma nova pesquisa Exame/Ideia divulgada hoje no site da revista Exame traz algumas projeções de segundo turno que evidenciam um fato que o bom senso político já deveria nos indicar.
Para derrotar Bruno Covas ou Russomano, será preciso um candidato em condições de conquistar o eleitor de centro.
Este candidato, naturalmente, não é Guilherme Boulos, do PSOL, em virtude de sua dificuldade de crescer para fora da esquerda. Quem cumpre esse papel, ao menos por enquanto, é Marcio França, do PSB.
Uma outra pesquisa, da Badra Comunicação, de julho, também trouxera cenários de segundo turno que mostravam exatamente a mesma coisa. Um segundo turno de Covas X Boulos daria uma vantagem de 24 pontos ao tucano, ao passo que uma disputa Covas X França veria um empate técnico entre os candidatos.
Na sondagem divulgada hoje, França venceria um segundo turno contra Russomano por 38 X 34; contra Covas, o placar seria de 37 X 30 em favor do prefeito. No caso de um segundo turno entre Covas e Boulos, porém, o tucano ganharia com uma vantagem de 23 pontos.
Essa dificuldade de Boulos está ligada à sua rejeição, que é a maior de todos os candidatos, segundo a mesma pesquisa, 35%. O segundo candidato mais rejeitado é Russomano, com 30%, seguido de Covas, com 27%, Joyce, com 25%, e Marcio França, com 22%.
De qualquer forma, o primeiro turno ainda sinaliza uma disputa final entre Covas e Russomano, ambos empatados com 22% a 21%. Boulos e França, por sua vez, seguem empatados, com 11% e 10%.
Abaixo, os gráficos interativos da Exame/Ideia, que trazem uma projeção de transferência de votos em diferentes cenários de segundo turno.
Caso o segundo turno fosse disputado entre Covas e Marcio França, o socialista herdaria 46% dos votos de Russomano, ao passo que, se o cenário for Covas e Boulos, este último herdaria apenas 19% dos votos de Russomano.
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Rejeição dos candidatos
Paulo Cesar Cabelo
24/09/2020 - 01h39
Se Boulos crescer a ponto de ir para o segundo turno e enfrentar Russomano ele vence.
Não vejo fiferença alguma entre França e Covas , aliás , talvez Covas seja melhor pois nunca flertou com Bolsonaro.
Votarei no melhor projeto para a cidade e para fortalecer a luta contra o fascismo por isso voto em Boulos.
Miguel está em negação completa , o “centro” morreu no mundo todo , é Socialismo ou barbárie meu caro.
O “centro” nunca passou de uma direita envergonhada.
A queda do PT e a ascensão de Boulos são a prova de que a esquerda ganha terreno sobre a centro-esquerda , uma tendência mundial.
Se Bolsonaro se reeleger e terminar de quebrar o país Boulos ou Freixo ganham a eleição pesidencial em 2026 , ação e reação , a ditadura criou o PT , o PT criou Bolsonaro , Bolsonaro pavimenta a ascensão da extrema-esquerda.
Roberto Agnaldo
23/09/2020 - 23h03
Perdão pelo trocadilho, mas o França não tem muito tato.
Fábio maia
23/09/2020 - 22h09
O famoso prequestionamento. Já estou vendo o choro de 2018
Paulo
23/09/2020 - 19h42
Russomano não ganha, nem com apoio de Bolsonaro. Resta que, se os paulistanos não desejarem a “reeleição” de Covas, terão que guindar França ao 2º turno, e acho que sua campanha vai explorar isso. Não que seja certo que ele superará o atual prefeito no 2º turno, mas é a única chance de mudança…
carlos
24/09/2020 - 07h39
Eu pergunto quantas eleições Russomano já disputou várias para prefeito, todas ele perdeu no segundo turno, é cavalo paraguaio, ou covas porque tem a máquina e o apoio do governo ou França.
Sebastião
25/09/2020 - 01h04
Lula também, e foi eleito. E não se sabe até quando irá durar a popularidade de Bolsonaro e a influência que ele terá na candidatura de Russomano. SP é uma grande incógnita, porque são muitos candidatos. Tem candidato pra todos os gostos, e será algo interessante, porque vai ser duas forças políticas se confrontando de presidente e ex presidente: BOLSONARO X Lula. Pode ser que Lula não queira mostrar enfraquecimento político e por isso não se jogue de vez na campanha de Tatto.
Alexandre Neres
23/09/2020 - 17h07
É aquela velha história do candidato que não consegue passar para o segundo turno, mas afirma ser o melhor para disputar algo que não demonstra o menor fôlego. Nem com todo o recall conservador que acumula dos últimos pleitos, já que era vice do direitista picolé de chuchu e foi governador quando o outro deu um voo de galinha numa campanha pra lá de medíocre, não conseguindo rapar nada com um discurso enfadonho e conservador. Já Boulos, se nas primeiras pesquisas já está neste patamar, mostra que tem um potencial de crescimento imenso.
A propósito, eis o que saiu hoje na Coluna do Estadão: “Decifra-me… Os rumos da candidatura de Márcio França (PSB) a prefeito de São Paulo ainda são uma incógnita. Vai radicalizar à esquerda? Apostará no caminho do meio? Ou flertará novamente com Bolsonaro?”
Clarice
24/09/2020 - 20h33
Queria entender qual é o orgulho que vocês têm em perder uma eleição com um candidato que “avance bastante”. Foi essa arrogância e delírio quando viram Haddad crescendo astronomicamente quando assumiu a candidatura do PT em 2018 que os levou a ignorar todos os cenários de que o Haddad tinha um teto de crescimento, certamente perderia para o Bolsonaro e não conquistaria o eleitor de centro, nem o eleitor indeciso num segundo turno.
Vocês agem como se fosse muito melhor ter mais votos no 1º turno (e não conseguir passar dele) do que ter força política para vencer um 2º turno (e para chegar lá, o candidato precisa de um pouco de boa vontade e bom senso do eleitor progressista, que mais do que nunca parece caminhar de braçadas rumo a uma passionalidade doentia).
Desejo boa sorte ao Covas. Se nem França nem Boulos chegarão lá graças a essa birrinha da esquerda lulista em se achar “mais de esquerda” do que candidatos associados ao Ciro, que ao menos Covas possa livrar o povo paulistano tão sofrido de ser governado pelo LIXO do Russomanno.
Alexandre Neres
25/09/2020 - 02h24
Clarice, você conquistou o meu respeito. Não voto em São Paulo, mas se votasse seria no Boulos, independentemente de ganhar ou não. Eleição municipal é um bom termômetro para ousar, para sonhar. Reconheço que o eleitor paulistano tem demonstrado ser muito conservador ultimamente, o que dificulta a vida do Boulos.
Vou te ser sincero. Não considero Márcio França do mesmo campo político que eu, pra mim ele é de centro-direita. Já achava isso antes, mas com a desculpa de ser um anti-Doria acenar para Bolsonaro foi um pouco demais, extrapolou qualquer limite do razoável. Na minha opinião, entre os dois prefiro o Covas, acho que está à esquerda de Márcio França, mas não votaria em nenhum deles.
Pode ficar tranquila quanto ao Russomano. Ele é bom de largada, mas péssimo de chegada. Espero que pelo menos essa máxima política prevaleça.
Acho que é fácil ser profeta do acontecido. Em 2018, a uma semana das eleições viajei pro Rio. Chegando no aeroporto, vi que tinha saído uma pesquisa Ibope. Bolsonaro com 29% e Haddad em franca ascensão com 25%. No outro dia, fui na passeata #Elenão. Imensa, revigorante,mas fiquei com uma sensação ruim. Depois disso, a vaca foi pro brejo. Diante do que vi, até atribuí uma parcela da derrota ao #Elenão ou a como foi disseminado pelos odientos. Lendo o livro Brasil, construtor de ruínas da excelente Eliane Brum, ela me fez enxergar que essa conclusão foi um certo machismo da minha parte.
Quando se vê o Globo dizer que Bolsonero foi polêmico na ONU e a Folha manchetar que ele se defendeu de ataques na ONU, percebe-se que o buraco é mais embaixo. Até me senti enternecido e solidário a ele pelos ataques injustos que sofreu. A falta de união entre nós do campo progressista está pavimentando o caminho para a sua reeleição, o que representa um pesadelo sem fim, em que pese o Miguel achar que ele está em declínio
Batista
25/09/2020 - 15h07
Como se não tivesse ocorrido uma operação visando criminalizar o PT, para apeá-lo do governo do país e depois impedir Lula de disputar, como grande favorito, a eleição de 2018, através de ‘robusta’ farsa jurídica-midiática, mais uma deficiente áudio-visual-‘conjuminal’ revela-se, ao demonstrar que sequer notou, ao menos, no segundo turno de 2018, não ter ocorrido um misero debate que fosse entre os postulantes, pela sistemática recusa de Bolsonaro em participar, sabendo-os letais, e com a ‘grande mídia’ a ignorar o fato, olimpicamente, e comportar-se como fosse a coisa mais normal em eleição presidencial, ignorando-o como sem importância fosse e sem exercer uma pressão sequer, mesmo protocolar, sobre o fujão candidato a presidente, pois sabiam o desastre que significava aos interesses dos donos das ‘vozes’ da mesma’.
Acorda criatura!
A classe dominante não deu o golpe em Dilma, para entregar a quem quer que fosse, senão alguém mais xucro que ela e em situação extrema (caso em questão, para evitar a vitória do PT/Haddad), o poder, na eleição seguinte, destinada a legalizar o golpe e não devolver o poder à esquerda e a democracia ao Brasil, talkei?