Na tentativa de aumentar sua popularidade inaugurando obras pelo país, o presidente Jair Bolsonaro, com a articulação do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, pretende fazer cortes nas pastas de Educação, Cidadania e Agricultura com o intuito de realocar os recursos para financiar o Pró-Brasil, programa de investimento público.
Para 2021, a pasta da Educação terá o maior corte, de R$1,57 bilhão. Na empreitada irresponsável e eleitoreira de Bolsonaro, o orçamento voltado para Educação Básica pode perder 80% dos recursos disponíveis em caixa.
Já na pasta de Cidadania, o governo pretende cortar R$474, 2 milhões. O valor representa 80% do Orçamento disponível para investimentos e gastos necessários como pagar o auxílio emergencial.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), sofreu pressão para cortar R$250 milhões da sua pasta. Desse total, R$120 milhões foram retirados da Embrapa, que desde a crise de 2015 vem sofrendo cortes brutais no seu Orçamento e se encontra em processo de sucateamento.
Segundo reportagem do Estadão, os cortes foram definidos em uma reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), formada pelo ministro da Casa Civil, Braga Netto, e o da Economia, Paulo Guedes.
No encontro, o Ministério da Defesa também foi alvo e recebeu o comunicado de que sofreria um corte de R$430 milhões no Orçamento para 2021.
Enquanto os outros ministérios estão sob pressão, as pastas comandada por Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) receberão um aporte de R$1,6 bilhão para impulsionar obras pelo país.
Já o Congresso deve ficar com R$3,3 bilhões que servirá como “reserva” das duas pastas. Ao longo de 2021, os recursos serão liberados obedecendo as decisões dos parlamentares. Esse montante fica de fora do teto de gastos.