Líderes da Câmara dos Deputados contrários ao perdão de R$1 bilhão em dívidas das Igrejas com a Receita Federal ficaram surpresos com o veto do presidente Jair Bolsonaro e a promessa de criar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que autoriza isenção tributária para os templos.
Eles avaliam que se a proposta de Bolsonaro tiver êxito o prejuízo de arrecadação para os cofres públicos, além de ser bilionário, será também uma forma do presidente manter sua base de apoio.
Contudo, esse não é o único temor que passa os líderes do parlamento.
Segundo interlocutores ouvidos pela jornalista Mônica Bergamo, existe a possibilidade da bancada evangélica derrubar o veto de Bolsonaro e também aprovar a PEC enviada pelo Planalto.
Na prática, o prejuízo de arrecadação será em dobro.
Para os líderes, essa possibilidade geraria a constitucionalização da isenção tributária para Igrejas, não podendo abrir um futuro debate sobre a taxação desses templos, garantindo o privilégio na Constituição.