Witzel cita Lula, Temer e Pimentel como alvos de processos com motivações políticas

Afastado do cargo de governador por 180 dias a partir desta sexta (28) pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Wilson Witzel (PSC-RJ) citou algumas figuras da política nacional para mencionar exemplos de parcialidade da Justiça brasileira.

Além de Lula, o ex-presidente Michel Temer (MDB-SP) e o ex-governador Fernando Pimentel (PT-MG) foram citados por Witzel.

O governador do Rio de Janeiro afirmou que o processo penal brasileiro está sendo transformado em um “circo”.

Ele citou Pimentel ao falar da Operação Acrônimo, cujo inquérito que investigava o ex-governador mineiro por suposta lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos foi arquivado em julho.

Michel Temer, absolvido por obstrução de justiça no caso da gravação feita por Joesley Batista, também foi mencionado.

“O processo penal brasileiro está se transformando em um circo. O governador Pimentel, na Operação Acrônimo, levou cinco anos para dizer que não tinham prova contra ele. O processo contra o ex-presidente Temer, recentemente no Tribunal Regional Federal foi absolvido. A decisão foi de absolvição. O processo penal brasileiro está se transformando em um circo. Essas delações mentirosas estão sendo produzidas e usadas politicamente”, denunciou Witzel.

O governador do Rio citou Lula ao lembrar que o Supremo Tribunal Federal (STF) apontou parcialidade de Sérgio Moro no caso do Banestado.

“Eu não sou a favor de Lula, nem contra Lula, mas o Supremo Tribunal Federal está chegando à conclusão de que infelizmente o ex-ministro Sérgio Moro foi parcial. E com essa decisão, o ministro Fachin foi muito claro, evitou-se que o ex-presidente Lula disputasse a Presidência da República”, concluiu.

O governador também afirmou que a subprocuradora encarregada do “Covidão”, Lindôra Araújo, tem ligações com o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

A PGR denunciou Witzel em representação movida por Lindôra, o que ele acusou de parcial.

Witzel foi afastado em razão de supostos desvios da Saúde do Estado.

O governador se disse preocupado e refletiu sobre “como morrem as democracias”: “aniquilando os adversários com o uso da máquina pública e cooptando as instituições”

Vale lembrar, ele foi eleito na onda do antipetismo bolsonarista que elegeu Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro e hoje é rival político do presidente.

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