Na manhã desta sexta-feira, 28, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) despachou uma ordem para afastar o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), das suas atividades no executivo fluminense.
A ordem expedida pelo ministro Benedito Gonçalves será cumprida pela Polícia Federal (PF) através da operação ‘Tris Is Idem’ em um prazo inicial de 180 dias.
Além de Witzel, também são alvos de busca e apreensão a primeira-dama, Helena Witzel, o vice-governador Cláudio Castro, o presidente do PSC, Pastor Everaldo, ex-secretário de Witzel, Lucas Tristão, e o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT).
Ao todo, são 17 ordens de prisão, 11 temporárias, 6 preventivas e 84 mandados de busca e apreensão.
Com o afastamento de Witzel, o vice Cláudio Castro assume o Palácio das Laranjeiras.
De acordo com a PGR, desde o inicio da gestão, o chefe do executivo fluminense estruturou uma organização criminosa dividida em três grupos de atuação.
“Segundo apurado pelos investigadores, a partir da eleição de Wilson Witzel, estruturou-se no âmbito do governo estadual um a organização criminosa, dividida em três grupos que disputavam o poder mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos. Liderados por empresários, esses grupos lotearam algumas das principais pastas estaduais –a exemplo da Secretaria de Saúde– para implementar esquemas que beneficiassem suas empresas”
Além do afastamento ordenado pelo STJ, Witzel também é alvo de um processo de impeachment na Alerj que estava sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF).
Já o presidente do PSC, Pastor Everaldo, já se encontra preso por suposto envolvimento no esquema criminoso.