Deflagrada nesta sexta-feira, 28, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Operação Tris In Idem tem como foco desmontar um suposto esquema criminoso que desviou recursos destinados ao combate da Covid-19 por meio de contratos fraudulentos durante a gestão Witzel, no Rio de Janeiro.
Entre os 82 alvos da ação, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT).
De acordo com a PF, Ceciliano pode responder, assim como os outros investigados e de acordo com o nível de participação, por até cinco crimes: corrupção ativa e passiva, organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.
Em nota, Ceciliano afirmou que desconhece os motivos das buscas no seu gabinete e que acredita na Justiça.
“Ceciliano reitera a sua confiança na Justiça e afirma que está pronto a colaborar com as autoridades e a contribuir com a superação desse grave momento que, mais uma vez, o Rio de Janeiro atravessa.”
Polêmico e controverso
No governo Witzel, Ceciliano foi de aliado a opositor quando assumiu as articulações em torno do processo de impeachment contra o chefe do executivo fluminense e é conhecido entre os parlamentares da Alerj por decisões consideradas polêmicas e controversas.
A postura do petista também mudou quando Witzel exonerou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão, que é um dos alvos da investigação desta sexta-feira, 28.
Em 2017, Ceciliano se juntou com mais 40 deputados que votaram pela privatização da Cedae, medida considerada polêmica e impopular no Rio de Janeiro.
Também naquele ano, especificamente em Novembro, o petista votou pela anulação da prisão dos deputados Edson Albertassi, Paulo Melo e Jorge Picciani, todos do MDB, denunciados na Operação Cadeia Velha.