O pré-candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSB, Márcio França, concedeu entrevista ao programa Band Eleições.
Nela, falou sobre seus projetos para a capital paulista, além de tratar com maior profundidade sobre sua suposta relação com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Crítico de seu adversário político, João Dória (PSDB-SP), o governador de São Paulo, França afirmou que “tem compromisso” e não abandonaria o mandato de prefeito antes do fim, se eleito.
Ele afirma que a prefeitura sob Bruno Covas (PSDB-SP) fica submetida à vontade do governo estadual de Dória, sendo colocada à disposição de “50 vereadores” e do governador.
“É evidente que ele [Bruno Covas] não controla coisa nenhuma, o Dória fica ‘mexendo as mãos’ junto com um grupo de 50 vereadores”, disse, apesar de elogiar a “idoneidade” do atual prefeito.
“Eles [PSDB] sabem que aqui não tem moleza. Pegou o 2° turno aqui, vai ter confusão, e eles sabem”, alertou.
“Eles querem a moleza. Querem um candidato mais como o PSOL porque aí o segundo turno fica moleza. Comigo não vai ter essa moleza”, concluiu.
Sobre sua relação com o presidente Bolsonaro, que levantou questionamentos de adversários eleitorais como o pré-candidato Orlando Silva (PCdoB-SP), França respondeu que se for prefeito, vai falar com “Bolsonaro, com Trump, com Putin, com Doria”.
Justificou a postura dizendo que “não prejudicaria o morador de São Paulo por não gostar de alguém”.
“Um adversário que eu respeito se chama João Dória. Ele tem a capacidade e ir empurrando assuntos”, explicou. “Na outra eleição eu era Márcio Cuba, Márcio Lula; agora sou Márcio Bolsonaro”, ironizou.
“Não tenho nenhuma relação com ele [Bolsonaro]”, explicando que seu encontro com o presidente foi intermediado por Paulo Skaf, presidente da FIESP, e teve como objetivo o envio de assistência ao Líbano. A esposa de Márcio França tem origem libanesa e tem parentes no país, acometido por uma sucessão de tragédias e conflitos nas últimas semanas.
Assista às duas partes da entrevista abaixo.
Ana
01/09/2020 - 13h49
Sempre mostrando o quanto tem experiência e coerência em suas palavras.Agora a aproximação com Bolsonaro não quer dizer nada sendo que só o acompanhou na cidade em que foi prefeito por dois mandatos.E basta entender um pouco de política para saber que a mesma não se faz sozinho ou com picuinha contra o Presidente em exercício.
Clarice
28/08/2020 - 22h31
Lúcido e coerente. É demagogia demais fingir que vai ser prefeito de São Paulo, maior cidade do Brasil, e não ter que dialogar com o presidente da República, seja ele quem for. França estava em sua cidade natal, onde foi reeleito com 90% dos votos, quando Bolsonaro apareceu por lá. Indizível o França fazer desaforo e não ir a um evento de grande porte na própria cidade só porque o presidente, de campo ideológico oposto ao seu, estava lá. França já admitiu que votou em Haddad no segundo turno em 2018.
Marco Vitis
29/08/2020 - 12h07
Clarice: eu tenho uma opinião contrária a sua. Mas pelo visto o Miguel censurou minha manifestação fundamentada.
Marco Vitis
28/08/2020 - 18h40
Eu não confio em Marcio França por duas razões objetivas:
(1) quando se estava articulando a formação de uma Frente Ampla para enfrentar Bolsonaro, ele foi mais liso que quiabo e colocou que seria melhor esperar o resultado das eleições deste ano. Isto foi dito numa live com participação de representantes de diversos partidos e ele era o PSB. Ou seja, Marcio colocou seus interesses eleitorais acima dos interesses universais (Democracia, Liberdade, Justiça).
(2) seu simpático encontro com Bolsonaro no litoral de SP. Essa desculpa do Líbano não cola. Ele foi lá fazer média com os bolsonaristas, na expectativa de receber votos em SP contra o candidato de Dória.
Márcio: não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo. O seu lado qual é ? Até…
Renato
28/08/2020 - 18h28
Se antes das eleições já dá um abraço no Bolsonaro, imaginem só o que fará depois.