De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), as ordens de buscas expedidas nesta sexta-feira, 28, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a primeira-dama do Rio de Janeiro, Helena Witzel, foi embasada em um contrato de prestação de serviços firmado entre o seu escritório de advocacia e a DPAD Serviços Diagnósticos, pertencente ao empresário Mário Peixoto.
Ainda segundo o órgão, também serviram como base da decisão honorários advocatícios e comprovantes de transferência bancária entre as duas empresas.
O valor do contrato foi de R$540 mil e os investigadores localizaram um e-mail enviado pelo contador de Peixoto no dia 14 de Abril para um suposto sócio do empresário que continha documentos que mostram possíveis pagamentos para Helena Witzel.
A investigação aponta que os supostos repasses eram feitos através de uma empresa ligada a Peixoto para a primeira-dama e a transação consistia em 36 parcelas de R$15 mil e Witzel teria sido citado em ligações telefônicas sobre os pagamentos.
Quando os supostos desvios na Saúde foram noticiados pela imprensa, o chefe do executivo fluminense exonerou o sub-secretário da pasta, Gabriel Neves e em seguida, Edmar Santos, titular da pasta que semanas depois fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) após ter sido ameaçado de morte por um militar supostamente ligado a Pastor Everaldo, presidente do PSC no estado.