O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) entrou na Justiça contra Sara Fernanda Giromini, a “Sara Winter”, influencer bolsonarista, por ter divulgado dados pessoais de uma menina de dez anos vítima de estupro.
Caso seja condenada, Giromini terá de pagar R$ 1,3 milhão por danos morais ao Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Mateus, no Espírito Santo.
A bolsonarista divulgou os dados da criança para mobilizar militantes anti-aborto em torno do hospital de Recife onde a menina passaria por um procedimento abortivo, dado que estava grávida do estuprador.
O autor da ação, Fagner Cristian Andrade Rodrigues, afirma que Sara “expôs a criança e a família dela em frontal ofensa a toda a ordem jurídica protetiva da criança e do adolescente”.
A atitude de Giromini já a levou a perder seu perfil no YouTube e entidades a irem ao Ministério Público Federal a pedirem sua prisão.
A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), a União de Mulheres do Município de São Paulo, a Associação dos Assistentes Sociais e Psicólogos do TJ-SP (AASPTJ-SP), o Instituto Vladimir Herzog e o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo encaminharam petição ao Ministério Público pedindo a prisão de Sara.
Além destas, a líder do PCdoB na Câmara, Perpétua Almeida, entrou no Supremo com notícia-crime para a revogação da medida cautelar que levou Sara à prisão domiciliar.
A deputada estadual do Espírito Santo Iriny Lopes (PT), em ação levada ao STF, lembra dos vínculos de Giromini com Damares Alves, ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos.