O Procurador-Geral da República Augusto Aras, no julgamento sobre a existência de um dossiê encomendado pelo Ministério da Justiça a respeito de policiais antifascistas, recomendou que órgãos de inteligência fiquem “atentos” com “grupos policiais que se organizem em grupos sociais”.
Na ocasião, Aras defendeu a elaboração de dossiês sobre policiais antifascistas.
Ele citou, comparando com o caso dos policiais antifascista, o episódio de Sobral que terminou com o senador Cid Gomes (PDT-CE) baleado, além de mencionar o caso de George Floyd para defender a elaboração do dossiê.
“Relatórios de inteligência são elaborados exatamente para o levantamento de cenários de risco, não para fins investigativos. Nesse contexto, é compreensível que órgãos de inteligência permaneçam atentos a grupos policiais que se organizem em grupos sociais. Sobretudo após um episódio ocorrido no estado do Ceará em que um parlamentar foi alvejado com tiros em meio a ânimos acirrados que poderiam causar tragédias. Em nenhum país do mundo o episódio da retroescavadeira e dos tiros poderia ser visto como algo normal”, afirmou Aras na transmissão do UOL.
Aras também afirmou que o Ministério Público não admite a governos a espionagem de “opositores políticos nem seus alcólitos”.
A fala dele acontece em 1h44min24seg do vídeo abaixo.