Com sua agenda ultraliberal cada vez mais distante de ser implementada, o ministro da economia, Paulo Guedes, poderá entregar o cargo em janeiro.
Nos bastidores, parlamentares acreditam que o fiador da permanência de Guedes nos próximos 5 meses, pelo compromisso com as reformas, é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Na prática, Guedes ficaria a frente do Ministério da Economia enquanto Maia não deixa a presidência da Câmara, previsto para fevereiro de 2021 após eleição na Casa.
Já no Planalto, a possível saída de Guedes gerou uma divisão a respeito do substituto.
Apoiado pelo mercado, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, têm um perfil técnico demais e visto com desconfiança pela tropa de choque do presidente, em especial o Centrão.
Já o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, é apoiado pela ala política do governo, mas visto como “inadequado” pelo mercado.
Com Denise Rothenburg