Com a pesquisa Datafolha mostrando que o governo teve aprovação recorde de 37% e queda de 10 pontos na rejeição, Bolsonaro quer aproveitar esses índices para reforçar sua tropa de choque no Congresso Nacional.
E as primeiras movimentações do chefe do executivo será de trazer o MDB, presidido pelo deputado federal Baleia Rossi (SP), para sua base aliada.
Rossi é cotado para ser candidato a presidência da Câmara em fevereiro de 2021.
Mesmo após a saída do partido em 27 de julho do chamado blocão de 221 parlamentares liderado por Arthur Lira (PP-AL), Bolsonaro vêm dando demonstrações de proximidade com os emedebistas.
A escolha do ex-presidente Michel Temer (MDB) para liderar a missão no Líbano foi uma atitude simbólica desses movimentos de aproximação.
Conselheiros do presidente acreditam que trazer o MDB para a base aliada ajudaria na estabilidade do governo e na popularidade de Bolsonaro.
Porém, o partido ainda não demonstra disposição para integrar o bloco do Centrão.
Com a eleição para presidência da Câmara, o MDB deseja continuar com o discurso de independência, mesmo votando a favor das reformas consideradas importantes para o Planalto, como a tributária e administrativa.
Com 35 deputados, o MDB tem a quinta maior bancada da Câmara e se a empreitada de Bolsonaro tiver êxito, o partido poderá voltar a ocupar cadeiras na Comissão Mista de Orçamento (CMO).