Jacinda Ardern, a primeira-ministra da Nova Zelândia, anunciou na terça (11) que o país registrou o primeiro caso de transmissão local de Covid-19 após 102 dias sem casos.
Quatro casos em uma família de Auckland, a principal cidade do país, foram detectados.
Ardern explicou que a fonte de transmissão do vírus é desconhecida, uma vez que os pacientes detectados não têm histórico de viagens nem tiveram contato direto com qualquer outro doente.
“Pedimos à população de Auckland que fique em casa para impedir a propagação”, pediu a primeira-ministra, que colocou a cidade em nível 3 de alerta.
Sob essa condição, apenas funcionários de áreas essenciais podem trabalhar fora de casa e restaurantes, bares e museus são fechados.
As pessoas também ficam obrigadas a usarem máscaras em locais onde a distância social não possa ser mantida, como em supermercados.
O resto do país fica em nível 2, que significa a proibição de aglomerações com mais de 100 pessoas e todos devem seguir normas de distanciamento.
As medidas entraram em vigor na quarta-feira (12) ao meio-dia do horário local e permanecerão ao menos até sexta-feira.
Até esses quatro casos serem localizados, a Nova Zelândia acompanhava apenas 23 casos importados da doença, de pessoas vindas do exterior que foram diagnosticadas ao chegarem ao país. Todas seguem em quarentena.
O país teve em torno de 1570 casos confirmados e conta com uma população de aproximadamente cinco milhões de habitantes, tendo apenas 22 mortes pela Covid-19.
No início da pandemia, a Nova Zelândia fechou suas fronteiras e impôs uma quarentena rígida de um mês de duração logo após o início do surto.
O primeiro caso no país fora detectado em 28 de fevereiro de 2020; o último antes dos atuais havia sido em 1° de maio de 2020.
As medidas surtiram efeito, e no início de junho os neozelandeses já podiam conviver sem medidas restritivas após o último paciente com Covid-19 do país receber alta.
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