A força-tarefa de Operação Lava-Jato supostamente recebeu informações do Ministério Público Federal (MPF) sobre uma investigação que corria em sigilo contra o ex-presidente Lula.
De acordo com o Intercept, o fato aconteceu em 2016 antes de Lula ser obrigado a prestar depoimento. Os procuradores da Lava-Jato receberam as informações antes da formalização do pedido de compartilhamento dos dados.
A investigação sigilosa se tratava de um Procedimento Investigativo Criminal (PIC) que serviria para dar inicio a procedimentos preliminares sem que fosse necessário autorização da Justiça.
É esse tipo de procedimento que vêm gerando embates entre o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, e os procuradores da Lava-Jato em Curitiba, São Paulo e no Rio de Janeiro.
Após decisão tomada no inicio de julho pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a força tarefa foi obrigada a compartilhar o banco de dados com a Procuradoria Geral da República (PGR).
Apesar de acatar a decisão da Suprema Corte, os procuradores afirmaram que o compartilhamento integral das PIC´s é desnecessário, sendo válida somente em casos pontuais.
Com isso, o ministro do STF, Edson Fachin, suspendeu a obrigatoriedade do compartilhamento.