Nos últimos 12 meses terminados em julho, o Brasil exportou o equivalente a US$ 216,67 bilhões, uma queda de 6,8% sobre o ano anterior.
A queda foi puxada sobretudo pelos Estados Unidos, para onde exportamos o correspondente a US$ 24,0 bilhões em 12 meses, queda de 22% sobre o total exportado no mesmo intervalo de 2019.
Com isso, os EUA perderam participação em nossas exportações, que caiu para um mínimo histórico de 11,0%.
As exportações brasileiras para a China, por outro lado, registraram um crescimento expressivo de 9%, atingindo o recorde histórico de US$ 68,8 bilhões no acumulado dos últimos 12 meses, o que elevou a participação chinesa no total de nossas vendas externas para um também recorde histórico de 32%.
Abaixo, trazemos várias tabelas e gráficos exclusivos. Fazemos alguns comentários após alguns deles.
O saldo comercial do Brasil com a China tem crescido de maneira substantiva nos últimos anos anos, especialmente a partir de 2015, impulsionado pelas exportações brasileiras de soja, minérios, carnes e petróleo bruto. Nos 12 meses terminados em julho de 2020, chegaram perto de US$ 40 bilhões.
Já o saldo comercial com os EUA ficou deficitário em 2020, o que significa que estamos comprando mais coisas dos EUA do que vendendo coisas para eles.
Quatro produtos merecem destaque na pauta brasileira de exportação: soja, petróleo bruto, minério de ferro e carne bovina.
As exportações brasileiras de soja subiram quase 30% no acumulado dos primeiros sete meses do ano, totalizando US$ 27,49 bilhões, representando 23% de tudo que foi exportado pelo país no período. Cerca de 63% da soja brasileira foi destinada à China.
A exportação de petróleo bruto em Jan/Jul bateu um recorde histórico em Jan/Jul, com o saldo comercial do produto (exportação menos importação) chegando a 40 milhões de toneladas e gerando um superávit de mais de US$ 10 bilhões.
O saldo comercial do petróleo só não foi maior porque o Brasil continuou importando grandes quantidades de derivados do combustível, principalmente dos Estados Unidos. Chama atenção ainda a despesa de US$ 5,2 bilhões com a importação de plataformas de petróleo. Se contarmos esse item (plataformas), o Brasil importou um total de US$ 16 bilhões em produtos ligados à indústria de petróleo, o que é muito mais do que os US$ 12 bilhões gerados com a venda de petróleo bruto.
A tabela acima mostra que os Estados Unidos continuam ampliando de maneira considerável o seu controle sobre o mercado brasileiro de derivados de petróleo.
Em Jan/Jul de 2020, o Brasil importou um total de 6,6 bilhões de dólares em produtos de petróleo (sem considerar aqui a compra de plataformas), dos quais 62% vieram dos EUA.
No caso do diesel e da gasolina, principais produtos de petróleo importados pelo Brasil, os EUA foram responsáveis por 84% e 88% respectivamente.
Xuxu beleza
15/08/2020 - 14h42
Muita tristeza em ver quanta gente canalha tem nesse nosso Brasil, que ganham espaço a partir de outros canalhas famigerados que preferem a cachaça e o futebol ao invés de buscar se libertar da ignorância.
Luiz
10/08/2020 - 13h47
O brasileiro não gosta de química, não gosta de ferrovias (tradicionalmente criam problemas fundiários) e acha que o Chile fica na América do Norte.
Monza 87
09/08/2020 - 20h03
Não foi golpe, não foi….
Hilux12
09/08/2020 - 19h46
A parceria PT com a Venezuela para construir a refinaria Abreu e Lima e garantir a produçào nacional de diesel foi um sucesso…sqn.
Golden Shower
10/08/2020 - 08h40
Aí na concepção da direita isso é “motivo” pra roubar o povo kkkkkkk
De buraco essa gente saiu????