Caiu na mesa do decano Celso de Mello a responsabilidade de bater o martelo sobre a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Não é de hoje que Celso de Mello se mostra contrário as ações cometidas na República de Curitiba.
Em 2013, o decano decidiu pela defesa de um doleiro envolvido no escândalo do Banestado que alegava parcialidade de Sérgio Moro no processo.
Na época, Celso de Mello aceitou o pedido da defesa do acusado e votou pela suspeição entendendo que Moro havia cometido um erro grave ao quebrar o sigilo dos advogados. Contudo, o seu voto foi vencido.
No STF, os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski se opuseram as ações da Lava-Jato e já deixaram claro que vão votar pela suspeição de Sérgio Moro, atendendo ao pedido da defesa do ex-presidente Lula no caso do tríplex de Guarujá (SP) onde o petista é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Já Carmen Lúcia e Edson Fachin são contra o pedido de suspeição do ex-juiz Sérgio Moro no caso do Triplex, transferindo para o decano a responsabilidade do voto de minerva que decidirá o futuro de Moro e Lula.
O fim dessa novela poderá ter um desfecho até o fim de Outubro.