Martín Guzmán, o ministro da Economia argentino, chegou a um acordo com credores externos da Argentina que significou uma vitória política para o presidente Alberto Fernández.
A negociação formal havia começado em fevereiro e era para ter sido concluída em março.
A Argentina enxerga no horizonte uma recessão de 12% para 2020, mas negociava o pagamento de 53,4 dólares para cada cem que eram devidos, sob resistência dos detentores de títulos, que exigiam 56 dólares no mínimo.
Contudo, após Fernández resistir e ter uma conversa com Cristina Kirchner, a vice-presidente da Argentina, e com Sergio Massa, o presidente da Câmara dos Deputados, ele reconsiderou a oferta.
O presidente autorizou Guzmán a melhorar a oferta: de US$ 53,4 para US$ 54,8 por US$ 100 devidos.
Com o BlackRock, fundo de investimentos que liderava o setor mais rígido dos detentores de títulos, aceitando o acordo, a situação mudaria por completo.
Após essa movimentação, as ações argentinas subiram 12% diante da impressão de que um acordo era iminente.
Pouco antes da manhã da última terça-feira (04) nascer, Guzmán anunciou que os seis meses de negociações haviam sido concluídos com sucesso.
O acordo deve economizar cerca de 30 bilhões de dólares para os argentinos.
Alguns dos grupos credores da Argentina são o Ad Hoc Group of Argentine Bondholders, o Argentina Creditor Committee e o Exchange Bondholder Group.
Com o apoio destes, o Governo conquistou o apoio necessário para avançar na reestruturação da dívida.
A dívida externa da Argentina, contudo, equivale a US$ 65 bilhões, enquanto a dívida pública total é de US$ 324 bilhões, quase 90% do PIB argentino.
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