A Associação dos Auditores Fiscais defendeu que o Planalto deveria mudar o direcionamento da reforma tributária. Em vez de desonerar a folha de pagamento em detrimento da criação da nova CPMF, os auditores afirmam que o correto seria o governo articular uma reforma progressiva, ou seja, taxação sobre grandes fortunas.
Segundo a Associação, a proposta elaborada pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes prejudica os cidadãos com menor renda. Para tentar reverter o cenário, os auditores vão apresentar cerca de oito propostas que aumentam o volume de arrecadação da União, estados e municípios no total de R$292 bilhões.
O foco das propostas é a tributação sobre rendas a partir de R$23 mil mensais ou patrimônio que ultrapasse R$10 milhões. Para isso, será necessário uma revisão na tabela do IRPF, imposto sobre grandes fortunas e tributação sobre lucros e dividendos.
Charles Alcântara, presidente da Unafisco, disse que é necessário o debate e a implementação de um sistema progressivo de tributação.
“Em face desse contexto de pandemia, a agenda de reforma tributária tem de mudar para a questão da renda e do patrimônio. Temos uma visão crítica dessa simplificação, pois não reduz a carga tributária sobre o consumo e pode até aumentar, a julgar por essa proposta que o governo mandou, o que onera mais os pobres e a classe média”.
Já um dos criadores da proposta, o auditor Dão Real Pereira dos Santos, defendeu que é preciso ter novas fontes de recursos.
“Em face desse contexto de pandemia, a agenda de reforma tributária tem de mudar para a questão da renda e do patrimônio. Temos uma visão crítica dessa simplificação, pois não reduz a carga tributária sobre o consumo e pode até aumentar, a julgar por essa proposta que o governo mandou, o que onera mais os pobres e a classe média”.
Xicano
05/08/2020 - 20h01
Taxação de grandes fortunas é uma burrice q nao funciona. Ponto.
Os ricos levam a grana deles toda embora. E estarão certo em fazer isso.
Leo
05/08/2020 - 23h41
E aí fica esse dinheiro parado aqui? Estéril? Servindo de justificativa para a não taxação e regressividade? Agora, o negócio é apontar um país que não cobre imposto sobre grandes fortunas, dividendos, herança… Se o dinheiro está aqui, e porque lá fora não é vantajoso.
chichano goncalvez
05/08/2020 - 10h34
A classe media, em sua grandissima maioria fez campanha pelo golpe 16, votou nesse psicopata, genocida, corrupto, ladrão de gasolina narcopresidente, agora vai levar na cabeça tambem. Quanto a taxação sobre grandes fortunas, seria ideal, mas não vai sair é so olhar o tipo de congresso que temos. Porque não colocar uma dessas loterias só para: a previdencia, e outra exclusiva para a saude, mesmo que tivesse que diminuir o bolo dos ganhadores, tenho certeza que muitos irão aceitar e até jogar mais, porque seria em seu beneficio, ou de seus descendentes. Muitos porques ? e nenhuma resposta, é um governo de inuteis, alem de bandidos.