O Itamaraty colocou em sigilo telegramas ostensivos trocados pelos postos diplomáticos do país que contenham menções a termos relacionados à rede 5G e a empresas como a chinesa Huawei.
Mais cedo, Todd Chapman, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, havia ameaçado o Brasil com “consequências” se não fosse banida a Huawei como fornecedora da rede 5G no país.
O sigilo sobre os telegramas se dá em meio ao acirramento de tensões entre os EUA e a China pela implementação da tecnologia em diversos países.
Os estadunidense fazem pressão política para que nações não permitam que a empresa participe da licitação que o país deverá fazer. O Brasil é uma dessas nações.
Eles alegam que a tecnologia poderia permitir que fossem transmitidos dados sigilosos para o governo chinês, acusação negada pela Huawei.
O jornal O Globo identificou resposta negativa a pelo menos três pedidos de acesso acesso aos telegramas.
O Itamaraty alegou que o tema era “sensível” e que a divulgação poderia prejudicar relações diplomáticas do Brasil.
Para justificar o sigilo, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que os telegramas estão enquadrados como “documentos preparatórios”.
Pela Lei de Acesso à Informação, documentos preparatórios são utilizados durante o processo decisório e só podem ser divulgados após tomada a decisão pelo poder público.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!