O procurador-geral da República, Augusto Aras, fez sérias acusações e críticas aos integrantes da Lava-Jato do Ministério Público Federal de Curitiba.
As declarações foram feitas na live do Grupo Prerrogativas, que convidou o procurador geral para uma conversa sobre os desafios da PGR em tempos de pandemia.
A acusação diz respeito à quantidade de dados armazenados pela força-tarefa de Curitiba, de conhecimento exclusivo da própria Lava Jato.
“Uma meia dúzia de barulhentos que têm na mídia não pode macular a honorabilidade desta grande instituição”, disse sobre o MPF, referindo-se à postura midiática dos procuradores de Curitiba.
“O MP em todo o Brasil tem 40 terabytes, para funcionamento do seu sistema, e a força-tarefa de Curitiba dispõe de 350 terabytes somente para si”, denunciou, referindo a densidade dos dados armazenados pela força-tarefa.
“38 mil pessoas com seus dados lá depositados, ninguém sabe como foram escolhidos, quais critérios empregados”, continuou.
A fala do procurador geral se dá no contexto em que a PGR se encontra em Curitiba para a coleta e análise de dados armazenados pela força-tarefa.
Entre as “controvérsias” envolvendo os procuradores de Curitiba e a PGR, está o sumiço de sistemas Guardião que desapareceram nas mãos da Lava-Jato.
Augusto Aras defendeu também a mudança do perfil “punitivista” do Ministério Público.
“Hoje, o MPF de Curitiba, sozinho, consome recursos equivalentes a 20 outras unidades do MPF na Federação”, comparou o procurador geral, denunciando o “aparelhamento” que a instrumentalização da Operação Lava Jato permite.
Assista à live completa abaixo.
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