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Racha no Centrão balança o tabuleiro político

Comemorado por líderes de partidos de oposição na Câmara, o rompimento do Democratas e do MDB com o Centrão representa um movimento que pode beneficiar uma candidatura de centro ao Planalto em 2022. Para Enio Verri (PT-PR), a nova configuração é “interessante” para a oposição porque ninguém mais tem maioria absoluta. Visto como um “líder […]

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João Dória (PSDB-SP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ). Foto: Charles Sholl

Comemorado por líderes de partidos de oposição na Câmara, o rompimento do Democratas e do MDB com o Centrão representa um movimento que pode beneficiar uma candidatura de centro ao Planalto em 2022.

Para Enio Verri (PT-PR), a nova configuração é “interessante” para a oposição porque ninguém mais tem maioria absoluta.

Visto como um “líder informal do Governo” por Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Arthur Lira (PP-AL) agora tem de lidar com a fragilidade de sua candidatura e uma nova conjuntura na Câmara.

Contudo, a movimentação pode ajudar candidaturas ao Planalto que queiram conquistar o “Centro” político, como Ciro Gomes (PDT-CE) e João Dória (PSDB-SP).

Ambos imaginam uma união de forças de centro que marque diferença contra a direita bolsonarista e a esquerda petista.

Porém, articulações protagonizadas por figuras como o prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB-SP), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Baleia Rossi (MDB-SP) ventilam a possibilidade de uma candidatura de Dória com o apresentador José Luiz Datena na vice, por exemplo.

Rossi é também um dos nomes levantados como potencial candidato a ser apoiado pelo MDB e pelo Democratas na disputa pela presidência da Câmara, com vistas a construir o posicionamento do bloco para 2022.

No caso, Rossi tem bom trânsito até com políticos do campo progressista e poderia encarnar uma candidatura de independência em relação ao Planalto.

Pelo Democratas ocupar a vice de Doria hoje, com Rodrigo Garcia, o PSDB, o MDB e o Democratas estão unidos no principal estado do país, uma vantagem para o governador tucano.

Após a evidência de que não haveria apoio para um terceiro mandato consecutivo, Maia passou a trabalhar contra o favorito de Bolsonaro para o cargo de Presidente da Câmara, Arthur Lira.

Com isso, a situação do Planalto ficou menos cômoda, e a aprovação de projetos de lei exige muito mais diálogo e concessões para a construção de maiorias.

Com o movimento de Rodrigo Maia, o intuito do Democratas é a construção de uma candidatura “independente” do Governo.

Deste modo, ficaria melhor consolidada uma aparente independência com a qual se quer posicionar o DEM diante das eleições de 2022.

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