A Emenda Constitucional que congela os gastos públicos por 20 anos vêm sofrendo resistência dentro do próprio governo e parlamentares que pressionam por mais investimentos públicos.
Lideranças partidárias se articulam para criar uma alternativa que permita a União aumentar o investimento em infraestrutura. Em conluio com o desejo dos parlamentares, cerca de 230 organizações da sociedade cívil se mobilizam para a revogação do teto como maneira de enfrentar a Covid-19 e a brutal crise econômica causada pela pandemia.
A Junta de Execução Orçamentária (JEO) liderada pelos ministros da Casa Civil, Braga Netto, e da Economia, Paulo Guedes enviaram um documento de consulta para o Tribunal de Contas da União (TCU). No documento, Guedes pedia que cerca de R$35 bilhões fossem aplicados em obras de infraestrutura e que esse montante fique fora do teto. A justificativa é que o recurso pode alavancar o crescimento do país no pós-pandemia.
Porém, devido a repercussão, o TCU arquivou a consulta e deixou o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, a deriva. Neste momento, a tarefa de Marinho será convencer o mercado financeiro que a revogação do teto é positiva para a economia.