Alegando “autonomia”, o DEM decidiu em conjunto com o MDB abandonar o bloco de deputados sob alçada de Arthur Lira (PP-AL). Ao todo, os dois partidos totalizam 63 deputados.
O blocão liderado pelo alagoano agora seguirá com 158 parlamentares, embora continue sendo uma bancada decisiva para votações devido ao misto de legendas. Lira forma a bancada com o PL (42 deputados), PP (39 deputados), PSD (35 deputados), Solidariedade (14 deputados), Pros (11 deputados), PTB (6 deputados) e o Avante (6 deputados).
Recentemente, Arthur Lira têm assumido o papel de articular e aprovar as demandas de Bolsonaro através do voto em conjunto da bancada após um acordo entre o chamado Centrão e o Planalto.
Com a eleição para presidência da Câmara em fevereiro, Lira é um dos nomes cotados pelo governo para suceder Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A saída do DEM e MDB do grupo de Lira acontece em meio a rumores de um possível acordo dos dois partidos para apoiar a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), possível concorrente de Lira na disputa pela presidência da Casa.
Nos bastidores, já havia um certo descompasso de Lira com a bancada do MDB na Câmara. O ápice da divergência aconteceu na semana passada durante votação do novo Fundeb. Enquanto Lira, sob a tutela de Bolsonaro, estava na tentativa de obstruir a sessão para tentar desidratar a proposta, os emedebistas votaram a favor do projeto.
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