Aliados fazem a velha prática, com o aval de Bolsonaro, para se beneficiarem com cargos públicos. Estatais como Conab, Codevasf e Funasa são as preferidas para cabide de emprego.
O vice-líder do governo no Senador, Izalci Lucas (PSDB-DF), conseguiu empregar o filho Sérgio Fernandes Ferreira na diretoria do Ministério do Turismo. Segundo ele, o filho é “independente” e que não vai veta-lo de trabalhar no governo Bolsonaro.
Senador do Centrão, Elmano Férrer (Podemos-PI) indicou o filho Leonardo Férrer para ouvidoria da Codevasf e obteve sucesso, a nomeação foi acatada pelo Planalto. A representante dos trabalhadores da estatal foi contrária a indicação por defender que o cargo deveria ser assumido por um perfil carreirista.
Já na Funasa, as nomeações baterem recorde. Em agosto de 2019, Bolsonaro nomeou Débora Roberto, esposa do deputado Welington Roberto, líder do PL na Câmara. Já Gustinho Ribeiro (Solidariedade-DF) obteve o “êxito” de emplacar o nome da tia, Maria Luiza Félix, para um cargo no órgão. Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder na Câmara, conseguiu manter a mãe, Virgínia Velloso, na superintendência da estatal.
Em abril de 2019, Bolsonaro nomeou a irmã do deputado Júlio César (PSD-PI) na Conab. Jacqueline Carvalho Maia atua na assessoria da presidência do órgão que atua junto ao Ministério da Agricultura. O parlamentar disse ao Globo que a nomeação foi na base da amizade.
O deputado federal Herculano Passos (MDB-SP) conseguiu “promover” a esposa que saiu do cargo de secretária do Ministério da Cidadania para se candidatar à prefeitura de Itu (SP). O deputado alega que a mulher têm “competência técnica”. Não ficando para trás, Cláudio Cajado (PP-BA) também conseguiu nomear sua companheira como superintendente da Funasa em julho de 2019. Por coincidência, Andreia Cajado também será candidata a prefeita, na cidade baiana de Dias D’Ávila.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!