Na Alemanha, a demanda por restaurantes cresceu 5% em junho em relação ao mesmo mês em 2019.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o mesmo medidor virou uma duradoura queda de 60%, onde caiu mais que pela metade a demanda por restaurantes.
Repare, no gráfico acima da publicação, que a Alemanha enfrentou índices de queda muito semelhantes aos dos EUA.
Hoje, dois países administrados por líderes que tomaram caminhos diferentes se deparam com situações díspares.
As medidas tomadas na Alemanha e na União Europeia permitiram que as UTIs e leitos ficassem com números sob controle para distribuir entre pacientes de Covid-19.
Isso passou pela seriedade com que a chanceler Angela Merkel lidou com a pandemia.
No caso dos Estados Unidos, estados como o Arizona se defrontaram com crescentes níveis de ocupação de leitos e o país lida com um número sem precedentes de dependentes de alguma forma de assistência governamental.
Basta que lembremos a postura de Donald Trump (em grande medida ecoada por Jair Bolsonaro) para observarmos as diferenças com que cada país absorve os impactos da pandemia.
Enquanto isso na União Europeia, os países se organizam para firmar um acordo que prepare as bases econômicas para o pós-pandemia, ainda que com dificuldades oriundas de interesses conflituosos entre os países membros.
Crucial para a organização do pós-pandemia é a segurança sentida pela população de que é seguro sair, mesmo seguindo os protocolos sanitários, e a confiança transmitida pelos governantes no tocante ao controle da doença.
Os Estados Unidos, assim como o Brasil, infelizmente não despertam toda essa confiança.