A administração de Donald Trump vem considerando um banimento a viagens de membros do Partido Comunista da China e seus familiares aos Estados Unidos.
O movimento certamente acirraria as tensões entre os dois países e seria recebido com retaliações por parte da China.
A proclamação presidencial, ainda em rascunho, pode autorizar o governo dos Estados Unidos a revogar vistos de membros do partido e seus familiares que já estejam no país, o que resultaria em expulsões do território estadunidense.
Estuda-se ainda a limitação de viagens aos EUA de membros do Exército Popular da Libertação, as Forças Armadas da China, além de executivos de empresas estatais chinesas, apesar de muitos destes não terem vínculos com o Partido Comunista da China.
Detalhes do plano, descrito por quatro pessoas com conhecimento acerca das discussões, não foram finalizados ainda.
O presidente Donald Trump ainda pode rejeitar a proposta.
O Partido Comunista da China tem 92 milhões de membros. Quase três milhões de chineses visitaram os Estados Unidos em 2018, embora o número tenha caído bastante em decorrência da pandemia de Covid-19.
O governo estadunidense não tem conhecimento sobre a filiação partidária da vasta maioria dos chineses, então identificá-los de imediato para impedir seu ingresso ou expulsar os que já estão lá seria complicado.
A ordem presidencial citaria o mesmo estatuto sobre Imigração e Nacionalidade usado em 2017 para proibir viagens de países predominantemente muçulmanos.
O estatuto permite ao presidente poder para bloquear temporariamente viagens aos Estados Unidos por estrangeiros encarados como “prejudiciais aos interesses dos Estados Unidos”.
Tal banimento de tamanha amplitude seria a ação mais provocativa à China desde o início da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos.
Autoridades da Casa Branca, do Departamento de Estado de do Departamento de Segurança Nacional estiveram envolvidas na discussão sobre o banimento.
Essas autoridades tentam imaginar formulações que banam apenas o principal corpo político do Partido Comunista da China, como os mais importantes 25 membros e seus familiares.
Contanto partidários e familiares destes, o banimento poderia banir a viagem de até 270 milhões de pessoas.
A porta-voz Hua Chunying, do Ministério das Relações Exteriores da China, classificou a ideia como “muito patética” para a “mais forte potência do mundo”.
O editor-chefe do jornal estatal Global Times, Hu Xijin, descreveu o plano como “louco e cruel, um reflexo de que a administração Trump perdeu a racionalidade”.
“Os tomadores de decisões dos Estados Unidos estariam cometendo um crime que arruinaria as bases da paz mundial”, afirmou.
Jerson7
20/07/2020 - 19h22
Passou da hora da China começar a apanhar um pouco…jà fizeram merda demais mundo afora sem ninguem ter levantado um dedo até hoje.