A oncologista e imunologista Nise Yamaguchi, famosa por defender o uso da hidroxicloroquina como remédio para a Covid-19, foi afastada na sexta-feira (10) de sua posição no corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein por uma comparação entre o “medo da pandemia” e o Holocausto.
No dia 5 de julho, Yamaguchi fez a infeliz comparação. Hoje, ela afirma ter sido afastada por sua defesa da cloroquina.
“O medo é prejudicial para tudo. Em primeiro lugar, te paralisa, te deixa massa de manobra. Você acha que alguns poucos militares nazistas conseguiriam controlar aquela massa de rebanho de judeus famintos se não os submetesse diariamente a humilhações e humilhações tirando deles todas as iniciativas?”, afirmou a oncologista, em entrevista à TV Brasil.
“Se você tem medo, você fica submisso a situações terríveis”, concluiu.
O presidente do Albert Einstein, Sidney Klajner, explicou o afastamento de Yamaguchi no sábado (11).
“A doutora teve uma suspensão provisória enquanto o comitê de ética institucional do hospital apurará o que norteou os comentários relativos à comparação da pandemia ao momento do Holocausto, um momento para nós extremamente importante em que 6 milhões de judeus foram mortos. Vários sobreviventes, inclusive, contribuíram para a própria fundação do hospital Albert Einstein”, disse Klajner, em entrevista ao SBT.
Paulo
15/07/2020 - 19h55
Uma decisão insensata do Hospital. Tão insensata quanta a defesa da cloroquina para mendigar cargos no Governo federal…
Marcos Videira
15/07/2020 - 12h57
Sei que não é possível quantificar. Mas há uma pergunta que deve ser feita: a Dra. Nise Yamaguchi e Bolsonaro são responsáveis por quantas milhares de mortes ?