Nelson Meurer (PP-PR), ex-deputado federal, morreu na prisão no último domingo (12) após contrair Covid-19.
Meurer, o primeiro condenado pelo STF na lava jato, também tinha hipertensão, diabetes e tinha passado por cirurgia de ponte de safena, segundo seus advogados.
Meurer tinha 78 anos e seu estado frágil de saúde foi ressaltado em um pedido de prisão domiciliar apresentado em março pela defesa ao ministro Luiz Fachin, relator da ação pena 996.
Fachin negou o pedido em abril.
“Nada obstante o requerente esteja enquadrado em grupo considerado de maior vulnerabilidade em caso de contágio, constata-se que o Juízo da Vara de Execuções Penais de Francisco Beltrão informou a adoção de providências alinhadas à Recomendação n. 62/2020 do Conselho Nacional de Justiça, como a suspensão de visitas a sentenciados que se encontram na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, a qual ‘não se encontra com ocupação superior à capacidade’, destacando, ainda, a existência de ‘equipe de saúde lotada no estabelecimento'”, escreveu o ministro na decisão.
Meurer estava preso na penitenciária estadual de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, cumprindo pena de 13 anos e 9 meses pelos crimes de corrupção e lavagem de dniheiro.
Entre os problemas de saúde apontados pela defesa ao Supremo, constavam cardiopatia grave com comprometimento coronariano, carotídeo, valvular aórtico, marca-passo artificial, disfunção isquêmica, diabetes insulinodependente, hiperplasia prostática benigna e insuficiência renal crônica não-dialítica.
Fachin entendeu que as medidas básicas de prevenção e a disponibilidade de atendimento primário na penitenciária paranaense eram suficientes para afastar a necessidade de concessão de domiciliar.
Além das negativas no bojo da Ação Penal, dois pedidos de Habeas Corpus foram negados pela ministra Rosa Weber, um em abril e outro em maio.
carlos
15/07/2020 - 09h20
Isso é mais um resultado de uns vendilhões da pátria, que no afã de ser nomeado ministro, é o famoso toma lá dá cá.
Alexandre Neres
14/07/2020 - 12h45
Esta morte não ocorreu por acaso. A responsável por ela é a força-tarefa e o lavajatismo. Mataram o Reitor Cancellier da UFSC, que após se sentir humilhado, atentou contra a própria vida. Tal método repercutiu nas diversas instâncias do judiciário, inclusive no STF que se acoelhou. Somente agora está saindo do estado de letargia. Os omissos não serão perdoados, o princípio não é in dubio pro reu? Tem algum ministro que é da República de Curitiba? Como votou nesse caso? O ex-deputado tinha comorbidades, um estado debilitado. Não é por ser meu adversário político que gostaria que seus direitos fossem desrespeitados, trata-se de questão humanitária. Uma vida perdida de graça, era fácil poupá-la. Morreu por um falso moralismo assassino que está entranhado no lavajatismo.
Paulo
13/07/2020 - 22h22
Que Deus o tenha! Apesar de todo o mal que praticou e ajudou a praticar, desviando recursos desesperadamente necessários do Estado em proveito pessoal…