Os R$ 122,17 bilhões injetados na economia até 3 de julho a partir do auxílio emergencial e da ampliação do bolsa-família amenizaram em 2% a queda do PIB brasileiro prevista para 2020, segundo estimativas de pesquisa da UFRRJ.
As informações completas estão no Valor Econômico.
O trabalho tomou por base o prognóstico da OCDE de que o PIB este ano será 7,5% menor em comparação com 2019.
A partir desse cenário, as projeções para os impactos diretos e indiretos das medidas de socorro apontam para um arrefecimento de 4,21% na contração da economia estimada para 2020, caso o governo desembolse o montante emergencial de R$ 257,2 bilhões previsto para 2020. Desses, R$ 3 bilhões seriam recursos adicionais ao Bolsa Família, e o restante do auxílio emergencial.
Até 3 de julho, segundo dados do painel de monitoramento dos gastos com Covid-19, até 3 de julho o Governo havia transferido o equivalente a 1,81% do PIB projetado para 2020. Assim, a liberação de todos os R$ 257,2 bilhões prometidos corresponderia a 3,8% do PIB.
Para Joilson Cabral, professor da UFRRJ e um dos quatro autores do estudo, a transferência de recursos para famílias de renda mais baixa e com “alta propensão marginal a consumir” gera aumento instantâneo na demanda, principalmente de produtos essenciais.
Cabral detecta esse impulso já no aumento de 13,9% registrado no varejo em maio.