Canais de distribuição de conteúdo do PT no WhatsApp e contas associadas a Jair Bolsonaro e sua família no Instagram e no Facebook foram excluídas ou bloqueadas pelas respectivas redes sociais, todas de propriedade do Facebook.
No caso de Bolsonaro, 35 contas de Facebook, 14 páginas e um grupo, e mais 38 contas de Instagram foram removidas.
A nota, divulgada em inglês pelo Facebook, afirma que a empresa detectou associações das contas às pessoas ou gabinetes de Anderson Moraes, Alana Passos, Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Jair Bolsonaro e membros do PSL.
Segundo o Facebook, essas páginas criavam pessoas fictícias que fingiam ser jornalistas, publicavam conteúdo e gerenciavam páginas disfarçadas de veículos de notícias.
O conteúdo das páginas era associado àquele produzido pelo chamado “gabinete do ódio” e gastaram 1,5 mil dólares em anúncios, pagos em real.
Algumas das contas excluídas das redes sociais são as páginas “Jogo Político” e “Bolsonaro News”, além da conta de instagram “gato_fingido”, mas a nota não divulgou todos os nomes de contas atingidos.
O Facebook afirma ainda ter removido ao todo conteúdo de quatro redes diferentes por violações de políticas da plataforma, originadas no Canadá, Equador, Ucrânia e Estados Unidos, além, é claro, do Brasil.
Já o PT teve nove contas de WhatsApp bloqueadas, segundo reclamou a presidente nacional Gleisi Hoffmann.
De acordo com a assessoria do WhatsApp, as práticas da conta violaram as políticas da empresa ao enviarem mensagens em massa, tendo sido denunciadas por “spam político”.
Hoffmann associou a atitude da empresa a uma suposta insatisfação do Facebook com o PL das Fake News, aprovado no Senado no dia 30 de junho.
A presidente do PT ainda acusou o Facebook e o WhatsApp de “acobertarem milhões de fake news na campanha de 2018”, afirmando que o partido tenta migrar suas operações para a rede russa Telegram.
Segundo o WhatsApp, avalia-se processar a LEADWhats, empresa de Curitiba que o PT afirmou ter sido contratada pelo partido para os disparos em massa.
Hoffmann argumenta ainda que os envios não eram feitos indiscriminadamente, mas com o objetivo de distribuir conteúdos para a base de filiados.