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Live: Sinofobia – uma estratégia da extrema direita?

O Radar China reuniu o historiador Vinicius Wu e o professor Evandro Menezes, com a mediação de Janaína Camara da Silveira, para debaterem sobre o fenômeno da “sinofobia” e sua relação com a atual conjuntura política mundial. Os debatedores discorrem sobre temas como a relação estratégica que acusar a China tem com a política externa […]

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Foto: reprodução.

O Radar China reuniu o historiador Vinicius Wu e o professor Evandro Menezes, com a mediação de Janaína Camara da Silveira, para debaterem sobre o fenômeno da “sinofobia” e sua relação com a atual conjuntura política mundial.

Os debatedores discorrem sobre temas como a relação estratégica que acusar a China tem com a política externa brasileira, citando exemplos como o do ex-ministro Abraham Weintraub e sua fala contra os chineses.

Menezes lembra que o Ministério da Agricultura criou um “núcleo China” em resistência à “sanha radical da ala governista”, que tenta transformar a China em “inimigo”, esquecendo que a China era o maior comprador de soja do Brasil.

Eles também analisam a situação de “guerra comercial” entre os EUA e China, que tratam como mais “retórica” do que prática, e a guinada a uma política externa de natureza mais unilateral por parte dos estadunidenses diante do mundo.

Wu falou ainda sobre não haver consenso em torno da agenda anti-China do governo, nem da parte dos chineses, nem da parte das instituições que compõem o Estado brasileiro.

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Paulo

30/06/2020 - 22h31

O pragmatismo de setores do Agronegócio impede, por ora, que a sinofobia se imponha, nesse (des)Governo. Mas, do ponto de vista dos interesses estratégicos do Estado brasileiro, mais afinado com o Ocidente, como é natural que seja, considerando nosso passado, e, de outra parte, o que a ascensão da China, econômica e politicamente, representa, como um risco real de mudança de paradigmas sem precedentes na história (pelo menos desde a Batalha das Termópilas), é preciso, de fato, repensar essa relação. Minha tese é a de que só se pode contemporizar com os chineses, ideologicamente e a longo prazo, se eles progressivamente se renderem à democracia aos moldes burgueses…Hong Kong clama por democracia…E Taiwan também. Veremos com a China lidará com isso…


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