O Fundo Monetário Internacional (FMI) atualizou recentes projeções sobre a evolução do PIB brasileiro em 2020, aumentando a estimativa de uma queda de 3.8% para uma queda de 9.1%.
A economia brasileira não afunda tanto em um ano desde 1901, segundo a instituição.
Para se ter uma noção relativa do tamanho da queda, em 2015 o PIB brasileiro caiu 3.5%, para, em 2016, cair mais 3.3%.
Os números dos quais o país se aproxima são extremamente preocupantes, mas o México, o Reino Unido, a Itália, a Espanha e a França devem lidar com números ainda piores.
O volume do comércio global de bens e serviços provavelmente cairá 11.9% esse ano, segundo o FMI.
O órgão alerta que o impacto da pandemia deve aumentar significativamente a desigualdade, com mais de 90% das economias emergentes e em desenvolvimento recebendo projeções com decréscimo da renda per capita.
O FMI apresenta dois cenários alternativos.
Em um, ocorre outro surto do vírus no início de 2021, perturbando a atividade econômica com a metade da intensidade esperada em 2020.
Este cenário assume que economias dependentes sofrerão mais dano que economias avançadas.
Neste caso, 4.9% de crescimento seria o esperado para 2021, abaixo do patamar esperado para 2021, e manteria-se abaixo do esperado em 2022.
No segundo cenário, em caso recuperação mais rápida que a estimada, resultados globais seriam aproximadamente 0.5% melhor que as estimativas deste ano e 3% acima das estimativas para 2021.