As situações em que se encontram a China e a União Europeia atrasam ou complicam negociações pendentes entre as potências.
Na segunda-feira (22), a Presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen e o Presidente do Conselho Europeu Charles Michel se reuniram com o presidente chinês, Xi Jiping.
As conversas tratariam de acordos comerciais pendentes, investimentos e acesso a mercado da União Europeia no Estado chinês, que aumentou o controle sobre a economia nacional.
Os temas tratados já são delicados por si só e requerem ampla liberdade para negociação e diálogo, o que fica gravemente afetado com as reuniões e cúpulas agora sendo conduzidas em ambiente virtual.
“Continuamos com uma relação desequilibrada de comércio e investimento”, afirmou Ursula von der Leyen sobre o balanço da reunião.
“Precisamos avançar sobre estes comprometimentos urgentemente e precisamos de mais ambição do lado dos chineses para concluirmos negociações referentes a acordos de investimento”, explicou, em coletiva.
Os dois líderes europeus afirmaram ainda ter registrado de maneira clara suas preocupações com a situação dos Uighurs na China e a proposta securitária chinesa para Hong Kong.
Von der Leyen afirmou que “consequências negativas” derivariam da eventual resposta chinesa às turbulências políticas de Hong Kong.
Autoridades europeias demonstraram preocupação ainda com um suposto favorecimento da China a empresas estadunidenses após os presidentes Xi Jiping e Donald Trump concordarem sobre a primeira fase de um acordo comercial em janeiro.
Questões técnicas discutidas pelos representantes de cada país dizem respeito especialmente a subsídios de empresas estatais; acesso limitado de empresas europeias automobilísticas, de telecomunicações, de biotecnologia e de microcomputadores ao mercado chinês; demandas chinesas por transferências tecnológicas; limitações a serviços financeiros e discordâncias sobre resolução de disputas que não representem progresso.
Outras discussões dizem respeito a mudanças propostas na Organização Mundial do Comércio e o comprometimento da China em reduzir emissões de carbono.
Como algumas autoridades afirmaram ao New York Times, o presidente chinês é “um orgulhoso pai do Tratado de Paris, mas a China aumentou seu consumo de energia derivada de carbono, apesar dos maciços investimentos em energia renovável”.
Os representantes da China e União Europeia trataram ainda de tópicos como a cooperação para superação do coronavírus, o acordo nuclear do Irã, o Afeganistão e a Coreia do Norte.
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