Flávio Dino, governador do Maranhão, participou de conversa com o Centro Brasileiro de Relaçõse Internacionais (CEBRI) nesta segunda-feira (22).
A conversa contou com as participações de Joaquim Falcão, Júlia Dias Leite, José Pio Borges e Merval Pereira e tratou de assuntos políticos, nacionais e econômicos diversos.
Um dos assuntos abordados teve a ver com o estabelecimento de uma frente ampla brasileira.
“Temos que dialogar com todos, e tenho exercitado isto no âmbito da frente de governadores e também no âmbito político”, explicou Dino.
Perguntado se convidaria José Sarney a participar da frente, o governador afirmou que “seria pretensioso da minha parte convidá-lo, afinal ele é ex-presidente da República”.
“Neste momento, ele tem escrito artigos, cartas e documentos a favor da democracia e do Estado de direito e isto é positivo. Aquilo com que estamos lidando não pode ser minimizado”, continuou.
“Não há por que fazer exclusões de nenhum tipo neste momento no que se refere à defesa do Estado democrático de direito”, defendeu Dino.
Perguntado por Merval Pereira se “o PCdoB tem a capacidade de levantar a tese de não excluir ninguém da conversa diante de uma liderança como a de Lula” que, segundo Merval, “não aceita que tomem conta do espaço da esquerda a não ser ele”.
Dino respondeu que “se produz uma convergência em torno da figura de Lula desde 1989” mas que “ela não é tão absoluta quanto parece”, lembrando que o PT e o PCdoB têm diferenças.
“O PT aqui do Maranhão apoiava o grupo do Sarney. De três eleições só tive o apoio do PT na terceira”, continuou.
“A questão central atualmente é evitar que o PT destrua o Brasil”, explicou, afirmando que “todos que defendem isto” conversam com “ACM Neto e Rodrigo Maia”, que são do DEM.
Sobre as eleições municipais, comparou com as eleições de 1974, que teriam funcionado como “plebiscito ao regime militar na época”.
“Creio que haverá um certo plebiscito do bolsonarismo nas grandes cidades”, explicou Dino na transmissão da CEBRI.