Donald Trump sugeriu ao site Axios que “não teria muita confiança” em Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela, e que não descartaria uma reunião com o presidente Nicolás Maduro.
Apesar de o presidente dos Estados Unidos afirmar que “não descartaria reunião com Maduro”, disse também que “as recusa até o momento”.
O governo dos Estados Unidos investiu muita energia e tempo no apoio a Juan Guaidó e recuar desse apoio ou aproximar-se de Maduro poderia ser altamente prejudicial para Trump.
Desde janeiro de 2019, os Estados Unidos lideram uma campanha internacional para tirar Maduro do poder.
Em março de 2020, o Departamento de Justiça dos EUA declarou Maduro um “narcoterrorista”.
Perguntado sobre se arrepender do reconhecimento de Guaidó como presidente da Venezuela, Trump disse que “poderia ter vivido com ou sem [o reconhecimento]”, mas que sempre foi “firmemente contra o que acontece na Venezuela [de Maduro]”.
“Guaidó foi eleito. Acho que eu não era necessariamente a favor de apoiá-lo, mas pensei – algumas pessoas gostam dele, outras pessoas não gostam dele… eu estava ‘ok’ com ele… – não acho que [reconhecer Guaidó] tenha significado muito, seja como for”, afirmou o presidente dos EUA.
Segundo a Axios, Trump “não demonstra confiança” no potencial de Guaidó para erguer um levante contra Maduro, e que Guaidó falhou em fazê-lo apesar do apoio dos EUA e de dezenas de outros países.
Em seu livro sobre passagem pelo governo dos EUA como Conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, John Bolton afirma que Trump considerava Guaidó “fraco” em contraste a Maduro, que parecia “forte”.
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