A Organização Mundial da Saúde espera que centenas de milhões de doses de vacinas para o novo coronavírus possam ser produzidas ainda esse ano e 2 bilhões até o fim de 2021.
A declaração é da cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan.
A OMS estaria elaborando planos para decidir quem deve receber as primeiras doses uma vez que a vacina seja aprovada, segundo a cientista.
Trabalhadores da “linha de frente”, como médicos, membros dos grupos de risco e pessoas que trabalhem ou vivam em condições de alta transmissão (como prisões e asilos) devem ter prioridade.
“Estou esperançosa e otimista. Mas o desenvolvimento da vacina é um processo complexo, é acompanhado de muitas incertezas”, afirmou Swaminathan.
“A parte boa é que temos muitas vacinas e plataformas, então mesmo que a primeira falhe, ou a segunda falhe, não devemos perder a esperança, não devemos desistir”, continuou.
Em torno de 10 vacinas potenciais estão em fase de testes em humanos, à luz da esperança de que doses que prevejam o contágio possam ser disponibilizadas nos próximos meses.
Países já começaram a fazer acordos com companhias farmacêuticas para encomendar doses, mesmo antes de provada sua eficácia.
Swaminathan descreveu a projeção de que centenas de milhões de doses ocorram esse ano como “otimista”, e a esperança de até 2 bilhões de vacinas de até três vacinas diferentes no próximo ano como uma “aposta difícil”.
Ela afirmou que a análise genética dos dados coletados até agora apresenta que o novo Coronavírus não sofreu mutações em qualquer forma que alteraria a severidade da doença que causa.