Dois meses após o lançamento do programa “Pró-Brasil”, lançado como um conjunto de medidas para alavancar o crescimento nacional após a pandemia, documentos indicam que o Governo está perdido sobre o que ele será.
Alvo de críticas de Paulo Guedes por seu teor “intervencionista”, o programa propunha-se, a princípio, a lançar R$ 30 bi de investimentos públicos e R$ 250 bi de concessões à iniciativa privada.
Contudo, “não há o estabelecimento de ações prioritárias, de origem de recursos, ou de medidas excepcionais para obtenção de fontes adicionais”, segundo documento assinado por alguns ministros do Planalto.
O Pró-Brasil foi lançado no dia (e durante) a já famosa reunião ministerial de 22 de abril.
Na ocasião, Rogério Marinho (PSDB-RN) defendeu abandonar pragmatismos e se preparar para utilizar estrategicamente o poder do Estado na organização da economia.
Para Guedes, Marinho quer ser governador do Rio Grande do Norte e sua defesa intervencionista tem a ver com isso.
Contudo, “até o momento não há estudos ou pareceres com estimativa de custos, de geração de emprego ou outras avaliações referentes ao programa”, continua documento assinado por ministros como Braga Netto e Jorge Oliveira.