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MPF vê “fortes indícios” de corrupção do filho mais velho do presidente Bolsonaro

Um procurador da república afirmou, em parecer, que há fortes indícios de que o senador Flavio Bolsonaro e esposa praticaram lavagem de dinheiro na compra de três imóveis na zona sul do Rio. No mesmo documento, o procurador observa que há suspeita de que o senador, que é o filho mais velho do presidente da […]

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Um procurador da república afirmou, em parecer, que há fortes indícios de que o senador Flavio Bolsonaro e esposa praticaram lavagem de dinheiro na compra de três imóveis na zona sul do Rio.

No mesmo documento, o procurador observa que há suspeita de que o senador, que é o filho mais velho do presidente da república, Jair Bolsonaro, usou a compra para “ocultar a proveniência ilícita dos recursos”.

O parecer sugere ainda que a competência do caso é o Ministério Público Estadual.

Trecho de matéria publicada no G1 há pouco:

MPF vê ‘fortes indícios’ de lavagem de dinheiro de Flávio Bolsonaro e diz que competência para investigação é do MPRJ

Procurador da República diz que imóveis adquiridos pelo senador e esposa tiveram ‘uma impressionante valorização de mais de 200% em curto período’, mas supostos ilícitos encontrados não são crimes federais. O G1 tenta contato com a defesa do senador.

Por Arthur Guimarães, TV Globo

16/06/2020 09h59

O Ministério Público Federal (MPF) confirmou, na semana passada, ter encontrado “fortes indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro” praticados pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e sua esposa, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, durante a compra e venda de três imóveis na Zona Sul do Rio. O parecer é do procurador da República Sérgio Pinel, que entendeu, no entanto, que a competência para a investigação é do Ministério Público do RJ (MPRJ) por não se tratarem de ilícitos da esfera federal.

A manifestação do procurador não é a conclusão das investigações do caso. Trata-se de um parecer usado pelo MPF para decidir se a competência para investigar o caso é do órgão ou do MP estadual.

“As circunstâncias em que as compras foram feitas sugerem que os registros do valor de compra foram subavaliados, com parte do valor sendo pago por fora, em típico modus operandi de quem pretende ocultar a proveniência ilícita dos recursos e os converter em ativos lícitos com uma valorização irreal dos bens comprados”, diz um trecho do parecer de Pinel.
O G1 tentou contato com a defesa do senador Flávio Bolsonaro por telefone, mas ainda não conseguiu falar com o mesmo.

Valorização de mais de 200%

As transações imobiliárias envolvem dois imóveis adquiridos em Copacabana, em 27/11/2012. Um deles, na Rua Barata Ribeiro, no valor de R$ 170 mil, e o outro na Avenida Prado Júnior, por R$ 140 mil.

Segundo o procurador, o primeiro teria sido vendido um ano depois da compra e o outro em fevereiro de 2014 “com uma impressionante valorização de mais de 200% em curto período”, escreveu Sérgio Pinel.

O terceiro imóvel citado pelo procurador fica em Laranjeiras e foi comprado em 22/12/2016 por mais de R$ 1,7 milhão. Neste caso, a suspeita é que uma das parcelas da compra do imóvel tenha sido paga por um terceiro.

“A circunstância de um boleto bancário para quitação de parcela de imóvel ser pago por terceiro também é um típico modus operandi de quem pretende ocultar a proveniência ilícita dos recursos e os converter em ativos lícitos.”

Pinel propôs o envio do caso ao MPRJ por não enxergar no caso crimes de evasão de divisas ou de envolvimento de pessoas jurídicas com sede no exterior, que seriam de competência federal.

“Os crimes de lavagem de dinheiro cometidos com a contribuição de empresas no exterior, em geral, são mais complexos, ao passo que, no presente caso, por mais paradoxal que possa parecer, os possíveis crimes foram praticados sem qualquer sofisticação, tendo os supostos agentes criminosos comprado imóveis em nome próprio”, escreveu o procurador.
Rachadinha

O senador Flávio Bolsonaro é investigado pelo Ministério Público estadual do Rio de Janeiro por ser suspeito de chefiar uma organização criminosa montada para desviar recursos públicos do próprio gabinete, quando era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele nega as acusações.

A estimativa é que cerca de R$ 2,3 milhões tenham sido movimentados em um esquema de “rachadinha”, no qual funcionários do então deputado devolviam parte do salário que recebiam na Alerj. O dinheiro, segundo a investigação, era lavado com aplicação em uma loja de chocolates no Rio da qual o senador é sócio e em imóveis.

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Hilux12

16/06/2020 - 13h08

Vender um imovèl por valor 4x o da compra nao è nada um bom negocio para quem compra com o CPF, muito pelo contrario pois paga-se imposto de renda elevado sobre o lucro. A subvalorizaçào na compra è para pagar menos ITBI…coisa que todo mundo fàz.

Sub valorizar para lavar dinheiro nao faz sentido, pelo contrario, quem lava dinheiro sobre valoriza.

“A circunstância de um boleto bancário para quitação de parcela de imóvel ser pago por terceiro também é um típico modus operandi de quem pretende ocultar a proveniência ilícita dos recursos e os converter em ativos lícitos.” …quem quer lavar dinheiro nao fàz isso para que um dia seja rastreado, me parece obvio.

Paulo

16/06/2020 - 12h44

Eu vou além: não é só “rachadinha”, os ditos assessores sequer prestaram os serviços…


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