A dependência brasileira do óleo diesel é tão grande porque quase toda a nossa circulação interna de mercadorias é feita por caminhões movidos por esse combustível.
Nos últimos 12 meses até maio, o Brasil importou US$ 6,23 bilhões em óleo diesel, ou 11,48 milhões de toneladas. Nos anos de 2011 a 2015, importamos de 7 a 8 bilhões de dólares por ano em diesel, mas esses valores refletem os preços altos da época. Em quantidade, nossa importação no acumulado de 12 meses até maio foi a segunda maior da história, apenas superada no período jun/mai 2018, quando chegou a 12 milhões de toneladas.
Entretanto, o mais impressionante é o aumento da participação norte-americana nas importações brasileiras de diesel. Nos últimos 12 meses, os EUA responderam por 83% de todo o diesel importado pelo Brasil, percentual apenas menor que o registrado no ano anterior, quando chegou a 86%.
Nos últimos 12 meses, o Brasil importou US$ 5,23 bilhões de diesel dos EUA, um recorde histórico.
A importação de diesel vem pesando cada vez mais na balança comercial brasileira e correspondeu a 3,6% de todas nossas despesas com importação no acumulado dos últimos 12 meses terminado em maio.
O saldo da balança comercial do petróleo (ou seja, a exportação menos a importação de todos os produtos de petróleo) no acumulado dos cinco primeiros meses do ano (jan/mai) bateu recorde, chegando a quase 7 bilhões de dólares.
Entretanto, o este saldo é neutralizado pela importação de itens como plataformas de exploração e sondas de perfuração: no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o Brasil importou 4,81 bilhões de dólares em plataformas e 1,19 bilhão de dólares em sondas.
Chama a atenção ainda a importação de 2,5 bilhões de dólares em tubos flexíveis de aço, refletindo a decadência do parque siderúrgico nacional, que poderia produzir esses produtos.
Algumas tabelas e gráficos abaixo trazem dados no acumulado de 12 meses (jun/mai); outras no acumulado dos primeiros 5 meses (jan/mai) do ano.
Na pauta de exportação, o destaque fica com a soja, cuja exportação nos cinco primeiros meses do ano chegou a US$ 16,3 bilhões, ou 19,3% de tudo que foi exportado pelo Brasil no período. Esse aumento foi inteiramente puxado pelo aumento de compras da China.