A tensão entre o governo de Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF) se elevou fortemente nos últimos dias, a ponto de o presidente afirmar na quinta-feira (28/05) que “ordens absurdas não se cumprem”, ameaçando não respeitar decisões da Corte.
BBC – Desde o começo dos anos 90, o antropólogo e professor da Universidade Federal de São Carlos Piero Leirner faz pesquisas com militares. Durante esse período, estabeleceu com integrantes das Forças Armadas uma relação que classifica como sendo de “desconfiança mútua”.
Apesar das dificuldades, ele conseguiu manter pesquisas que tratam principalmente da hierarquia nas organizações militares do Exército Brasileiro, como a Escola de Comando e Estado Maior.
Em entrevista à BBC News Brasil, ele afirma que a atual escalada do conflito político não é acidental. Para Leirner, ela faz parte do projeto dos militares para o país e inclui Bolsonaro em um papel bem específico: “funcionar como uma espécie de ‘para-raios sem fio terra'”.
“Ele causa a explosão, para possibilitar a ação reparadora dos bombeiros”, diz o antropólogo, que está prestes a publicar um livro sobre guerras híbridas.
O que é o artigo 142 da Constituição, que Bolsonaro citou por intervenção das Forças Armadas
Piero Leirner traça um panorama sobre a atuação dos militares no governo Bolsonaro, e afirma que “não é uma questão de se os militares aprovam ou não o governo: eles são o governo”.
Paulo
11/06/2020 - 19h28
Se houver realmente intenção de intervir, é preferível que ela se revele desde logo, através de uma reação a eventual impeachment, a deixar o ovo eclodir com a serpente mais robusta, lá adiante. O sr Botafogo brinca com os destinos do país, insisto nisso…