Por Eduardo Pinheiro
Postado e atualizado em 09/06/2020
Para evitar que frente ganhe mais adeptos, Bolsonaro pretende reforçar a polarização com o PT e ignorar críticas de lideranças de centro
Socialismo Criativo — Em reunião com auxiliares nessa segunda (8), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) definiu estratégia política para tentar evitar que nomes de legendas de centro se tornem adeptos dos manifestos a favor da democracia.
Segundo reportagem da Folha, o núcleo digital do Planalto identificou que a defesa de uma frente ampla contra o governo ganhou força nas redes durante as manifestações desse domingo (7).
Nos últimos meses, partidos como PSB, PDT, Rede e PV vêm discutindo uma união nacional a favor da democracia. Nomes como o do apresentador Luciano Huck e o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) já assinaram o manifesto intitulado “Movimento Estamos #Juntos”.
De acordo com a Folha, Bolsonaro pretende reforçar a polarização com o PT, redobrando os ataques ao partido, e ignorar críticas de lideranças de centro para evitar que a ideia ganhe força.
A estratégia do presidente é evitar que os discursos de nomes de centro, entre eles Ciro Gomes (PDT) e até o ex-ministro Sérgio Moro, reverberem junto à opinião pública, fortalecendo a polarização da direita contra a esquerda. Para que isso ocorra, Bolsonaro vai reforçar as as críticas aos atos contra o governo e a tentar de vinculá-los a grupos violentos de esquerda.
Hudson
11/06/2020 - 12h06
Cheguei à conclusão que o maior inimigo do Brasil não é Bolsonaro ou Moro, mas o antipetismo que os gestou.
Alexandre Neres
11/06/2020 - 11h17
Artigo do Veríssimo hoje no Estadão: “A Marina, o Fernando Henrique e o Ciro Gomes merecem todos os elogios por se recusarem a aceitar o abismo para o qual estão querendo nos arrastar, esperneando, e por darem o exemplo, atraindo mais manifestantes para uma frente ampla e viável. Não querendo ser chato: lembremo-nos que na eleição do Bolsonaro & Filhos, gente que sabia o que viria preferiu se omitir a resistir. Não faria muita diferença, o impensável aconteceria de qualquer maneira, mas quem se omitiu deveria ter pensado melhor na sua própria biografia. Pode-se dizer tudo de Bolsonaro & Filhos, menos que alguma vez esconderam o que pensam e o que pretendem.”
Alan C
11/06/2020 - 00h18
Ainda acho que essa frente deveria negociar com partidos do centro democrático, o que obviamente exclui figuras que já andaram com petistas, como Roberto e Waldemar.
Paulo
10/06/2020 - 22h06
Se essas “manifestações de esquerda” continuarem sob a batuta – ao menos é o que parece – de torcidas organizadas, só podemos esperar o pior. Essas T.O.’s são “naturalmente” propensas à violência, e seus quadros são, quando muito, de um raquitismo ideológico, à mercê de lideranças igualmente raquíticas, intelectualmente (dirigentes de clubes de futebol), ligadas, por sua vez, a caciques partidários. Ou seja, é o desastre anunciado – ainda mais que as P.M.’s são, na maioria, pró-Bolsonabo. É preciso ter muito cuidado para não fornecer as armas com as quais o próprio Capetão adoraria lutar…Mas louve-se a sensibilidade das esquerdas ao tirar as bandeiras vermelhas das ruas…
Marcos Videira
10/06/2020 - 21h18
Pra Bolsonaro, o PT é o adversário ideal. É o mesmo raciocínio que Lula fez em 2018.
Tanto um, quanto o outro, sabe que derrotar a Frente Ampla é uma necessidade estratégica.
Alexandre Neres
10/06/2020 - 21h02
Preliminarmente, a matéria faz um certo sentido, já que colocou Huck, FHC, Ciro e Moro no mesmo campo político. Ressalte-se, por oportuno, que Moro foi impedido de participar do movimento Juntos pela Democracia pelo fato de ser fascistoide.
Por sua vez, vou dizer uma vez só pra não precisar repetir: não existe frente ampla sem a participação do PT. Está fadada ao fracasso. Tem certas coisas que não é pra quem quer, é pra quem pode e fez por merecer ao longo de uma trajetória coletivamente construída ao longo de um extenso período.
Edna Baker
11/06/2020 - 00h43
Bravo!
chichano goncalvez
10/06/2020 - 20h26
Só um povo altamente analfabeto politico e cheio de maldade, para repetir o tamanho erro que cometeu ao eleger esse psicopata, genocida., ladrão de gasolina.