A sorte do Brasil é que os chineses são focados demais em seus próprios interesses, e não parecem dar muita bola às diatribes diplomáticas do governo Bolsonaro.
Segundo o Comexstat, as exportações brasileiras para a China nunca foram tão grandes. Enquanto as exportações brasileiras totais, em jan/mai de 2020, caíram 7%, as vendas para a China subiram 12%, fazendo com que a participação chinesa nas exportações brasileiras totais chegasse a 34%, um recorde histórico.
Nos cinco primeiros meses do ano, o Brasil exportou o equivalente a 84,5 bilhões de dólares, dos quais 28 bilhões foram obtidos no comércio com a China.
Enquanto isso, as vendas para os EUA caíram 30%, e atingiram um mínimo histórico de 10% das exportações brasileiras.
Quanto aos produtos exportados, o grande destaque foi a soja, cujo embarque cresceu 32% em Jan/Mai deste anos, puxado pelas compras chinesas.
A China importou 63% de toda a soja brasileira vendida este ano.
A soja voltou a imperar soberana como principal produto brasileiro de exportação, desbancando o petróleo, que havia figurado em primeiro no ranking nos últimos meses, mas que passou ao segundo lugar após a queda abrupta dos preços da commodity.
Entretanto, o petróleo, mesmo tendo perdido valor por causa do declínio dos preços, ainda assim teve um desempenho importante para nossa balança. Como as importações também caíram muito, o saldo comercial do petróleo atingiu um recorde histórico, quase 7 bilhões de dólares. O Brasil é um país com uma história muito longa de déficits de sua balança comercial de petróleo, situação que apenas foi revertida a partir de 2016, quando o pré-sal começa a fazer diferença.
Fizemos alguns gráficos sobre a participação de China e EUA nas exportações brasileiras. É impressionante como a China vem ocupando o lugar que antes era dos Estados Unidos como principal destino dos produtos brasileiros.
Em termos de saldo comercial, o peso da China para o comércio exterior brasileiro é impressionante. Em Jan/Mai 2020, o saldo da balança comercial brasileira ficou em 16 bilhões de dólares, o menor em cinco anos, para o mesmo período. Mas apenas o saldo obtido com a China este ano ficou em 13 bilhões de dólares, ao passo que o Brasil registrou déficit comercial de 3 bilhões de dólares com os EUA, o maior em seis anos.
E o que os EUA venderam ao Brasil?
Em Jan/Mai, os EUA venderam ao Brasil 3 bilhões de dólares em derivados de petróleo, e mais 1,45 bilhões em máquinas e equipamentos especializados para determinadas indústrias.
Gustavo
12/06/2020 - 15h49
O título da reportagem está errado! Diz q a China responde por 84% (OITENTA e quatro por cento) de todo o saldo comercial brasileiro, mas o segundo parágrafo esclarece q trata-se na realidade de 34% (TRINTA e quatro por cento).
Paulo
09/06/2020 - 19h55
“Uma ideia central unifica a maioria destes artigos, dados à estampa em ‘O Estado de São Paulo’, na ‘Revista do Brasil’ e em outros periódicos. Essa ideia é um grito de guerra em prol da nossa personalidade…A corrente contrária propugna a vitória do macaco. Quer, no vestuário, a cinturinha de Paris; na arte, ‘aveugle-nés’; na língua, o patuá senegalesco. Combate a originalidade como um crime e outorga-nos, de antemão, o mais cruel dos atestados: és congenialmente incapaz duma atitude própria na vida e as artes; copia, pois, ó imbecil!
Convenhamos: a imitação é, de feito, a maior das forças criadoras. Mas imita quem assimila processos. Quem decalca não imita, furta. Quem plagia não imita, macaqueia. E o que os paredros do ‘dernier cri’ fazem não passa de caretas, guinchos, pinotes de monos glabros em face dos homens e das coisas de Paris.
Macaquitos, então?
Upa! Macacões!”
Monteiro Lobato, prefácio da 1ª Edição de “Ideias do Jeca Tatu”.
Só a mim ocorreu Lobato a propósito dessas manifestações de domingo contra o racismo, estando a turba com o punho cerrado e a frase em inglês “vidas negras importam”? Só trocaram Paris por Nova Iorque…
Vergonha alheia desses brasucas, viu!? Já não bastasse a direita com bandeiras americanas e de Israel…
Galinzè
09/06/2020 - 17h51
Mas deixar eles sem comida por um tempo seria bom…
Redação
09/06/2020 - 18h43
eles sem comida e a gente sem dinheiro?
Alan C
09/06/2020 - 14h05
Se a China quiser ela quebra o Brasil antes da bozolândia.
Renato
09/06/2020 - 17h35
Quebra não , bobão. As compras da China estão concentradas em meia dúzia de setores. Soja , petróleo e minério de ferro, apenas esses três produtos, respondem por 80% de todo o valor que o Brasil exporta para China. Produtos manufaturados, maquinário ? Nem um centavinho exportamos para a China. Ah esses vira-latas complexados ! kkkkkkkkkkk
Alan C
09/06/2020 - 19h51
Seu comentário só confirma o que eu disse, camundongo.
chichano goncalvez
08/06/2020 - 20h08
Só um psicopata, verdadeiro genocida, bucefalo, estupido, acefalo, para não perceber o que a China hoje representa em comercio, em termos globais.
Paulo
08/06/2020 - 19h52
É extremamente perigosa essa dependência, em termos geopolíticos. Para o Brasil, para os EUA, e para a própria China. No momento, é ficar quieto…