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Chico D’Ângelo: o Brasil não pode se conformar com o subdesenvolvimento!

Por Chico D’Ângelo, deputado federal (PDT-RJ) Hoje o IBGE divulgou o resultado da indústria brasileira no mês de abril. Não é surpresa que ela tenha experimentado uma profunda queda, de quase 20% na comparação com o mês anterior, em função da luta contra o coronavírus, que nos obriga a ficar em isolamento social, derrubando o […]

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Por Chico D’Ângelo, deputado federal (PDT-RJ)

Hoje o IBGE divulgou o resultado da indústria brasileira no mês de abril. Não é surpresa que ela tenha experimentado uma profunda queda, de quase 20% na comparação com o mês anterior, em função da luta contra o coronavírus, que nos obriga a ficar em isolamento social, derrubando o consumo e, portanto, as compras de produtos manufaturados.

Entretanto, como o mesmo problema foi enfrentado pelas indústrias do mundo inteiro, desta vez não seria um caso de “perda de competitividade” das empresas nacionais.

Após o fim da pandemia, nossas fábricas poderiam voltar ao normal, assim como as unidades de outros países, e tudo voltaria a ser como antes.

Infelizmente, a indústria brasileira deve sofrer mais do que as de outros países, por conta do dogmatismo pouco inteligente do governo brasileiro, e da filosofia rentista ainda hegemônica entre nossas elites.

Enquanto nas principais potências, o Estado ampliou imediatamente o acesso ao crédito, a taxas de juro praticamente zeradas, para as principais empresas nacionais, aqui se deu o contrário. Com exceção de uma ou outra empresa “amiga do rei”, a quase totalidade das indústrias nacionais (e nesse quesito também se deve acrescentar empresas de serviços industriais e tecnológicos) se viu praticamente abandonada pelo governo. Houve relatos constantes, como tem denunciado Ciro Gomes, de bancos que, após terem recebido mais de R$ 1,2 trilhão do Banco Central, aumentaram dramaticamente os juros cobrados das empresas nacionais.

Não é preciso ser especialista em economia para entender que se as empresas nacionais são abandonadas pelo governo, enquanto outros países dão ajuda às suas indústrias, o que vai acontecer será mais substituição da produção nacional por importações, prejudicando nossa balança de pagamentos, e nos deixando ainda mais pobres do ponto-de-vista do comércio internacional.

Essa é a principal razão pela qual o nosso partido, o PDT, defende um projeto nacional de desenvolvimento arrojado, cujo fundamento mais importante é uma sólida recuperação industrial do país, embora sem repetir os erros do passado. O Brasil não pode se conformar com o papel de ser uma colônia subdesenvolvida. Temos aqui um imenso potencial de desenvolvimento industrial, por causa da nossa enorme população, nossos recursos naturais gigantescos e nossa quase ilimitada capacidade energética (água, sol, petróleo, ventos, urânio, etc). Apenas no complexo de saúde, por exemplo, para falar de um setor que hoje nos faz imensa falta, poderíamos nos tornar uma grande potência, gerando empregos e renda para milhões de brasileiros, ao mesmo tempo permitindo uma profunda redução nas despesas do Estado nacional com a importação de insumos que poderíamos produzir aqui mesmo.

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