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Com pandemia e isolamento social, PIB encolhe 1,5% no primeiro trimestre

Editoria: Estatísticas Econômicas | Alerrandre Barros 29/05/2020 09h00 | Última Atualização: 29/05/2020 10h43 Agência IBGE — O Produto Interno Bruto (PIB) nacional caiu 1,5% no primeiro trimestre de 2020, na comparação com o último trimestre do ano anterior, afetado pela pandemia do novo coronavírus e o distanciamento social, que começou em março no país. Em […]

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Editoria: Estatísticas Econômicas | Alerrandre Barros
29/05/2020 09h00 | Última Atualização: 29/05/2020 10h43

Agência IBGE — O Produto Interno Bruto (PIB) nacional caiu 1,5% no primeiro trimestre de 2020, na comparação com o último trimestre do ano anterior, afetado pela pandemia do novo coronavírus e o distanciamento social, que começou em março no país. Em valores correntes, o PIB, que é soma dos bens e serviços produzidos no Brasil, chegou a R$ 1,803 trilhão.

Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais divulgado hoje (29) pelo IBGE. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, a economia recuou 0,3%.

A queda do PIB interrompe a sequência de quatro trimestres positivos e marca o menor resultado desde o segundo trimestre de 2015 (-2,1%). Com isso, o PIB está em patamar semelhante ao que se encontrava no segundo trimestre de 2012.

De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a retração da economia foi causada, principalmente, pelo recuo de 1,6% nos serviços, setor que representa 74% do PIB. A indústria também caiu (-1,4%), enquanto a agropecuária cresceu (0,6%).

“Aconteceu no Brasil o mesmo que ocorreu em outros países afetados pela pandemia, que foi o recuo nos serviços direcionados às famílias devido ao fechamento dos estabelecimentos. Bens duráveis, veículos, vestuário, salões de beleza, academia, alojamento, alimentação sofreram bastante com o isolamento social”, explica.

Nos serviços, destaque para os resultados negativos em outros serviços (-4,6%), transporte, armazenagem e correio (-2,4%), informação e comunicação (-1,9%), comércio (-0,8%), administração, saúde e educação pública (-0,5%), intermediação financeira e seguros (-0,1%). A única variação positiva veio das atividades imobiliárias (0,4%).

Já nas atividades industriais, a queda foi puxada pelo setor extrativo (-3,2%), mas também apresentaram taxas negativas a construção (-2,4%), as indústrias de transformação (-1,4%) e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,1%).

“A construção civil está puxando sempre para baixo a parte da infraestrutura. O mercado imobiliário até que tem se recuperado, mas com o distanciamento social, em março, ficou um pouco prejudicado. Tanto que teve queda na ocupação no trimestre e também na fabricação dos principais insumos para a construção”, comenta.

Consumo das famílias tem a queda mais intensa desde 2001

Os efeitos da pandemia também influenciaram a queda de 2% no consumo das famílias. “Foi o maior recuo desde a crise de energia elétrica em 2001”, diz Rebeca, acrescentando que o consumo das famílias pesa 65% do PIB. Já o consumo do governo ficou praticamente estável (0,2%) no primeiro trimestre deste ano, mesmo patamar do último trimestre de 2019.

Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), por outro lado, cresceram 3,1%, puxados pela importação líquida de máquinas e equipamentos pelo setor de petróleo e gás. A produção nacional de máquinas e equipamentos e a construção caíram, observa Rebeca.

A balança comercial brasileira teve uma queda de 0,9% nas exportações de bens e serviços, enquanto as importações de bens e serviços cresceram 2,8%.

“As exportações foram bastante prejudicadas pela demanda internacional. Um dos países muito importantes para a gente que tem afetado nossas exportações é a Argentina. E a China também, que no primeiro trimestre foi o primeiro país a fechar as fronteiras, então as nossas exportações foram bastante afetadas”, encerra Rebeca.

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hilary

29/05/2020 - 13h56

O do proximo trimestre serà pelo menos o dobro mesmo assim o Brasil vai se sair “bem”, o desemprego formal aumentou pouco.

    Paulo Cesar Cabelo

    29/05/2020 - 18h29

    Hahaha esses números quase não mostram o impacto da pandemia , que começou no final de março.
    A queda no próximo trimestre será de 10%.
    E dizer que quase um milhão de desempregados a mais é pouco?
    Teremos 20 milhões de desempregados no fim do ano , no mínimo.
    A verdade é que teríamos recessão mesmo sem pandemia , esses números são a prova.


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