Parlamentares lamentaram que garçons, artistas, motoristas de aplicativos e pescadores, entre outros, tenham sido excluídos da lista de possíveis beneficiários do auxílio
15/05/2020 – 17:54
Câmara dos Deputados — Autor e relator do Projeto de Lei 873/20, aprovado pelo Congresso, que amplia a relação de beneficiados com o auxílio emergencial de R$ 600, criticaram nesta sexta-feira (15) os vetos à proposta.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, vetou 11 pontos ao sancionar a proposta que ampliava para dezenas de categorias o pagamento do auxílio destinado aos trabalhadores informais afetados pela pandemia de Covid-19. Com os vetos, a nova norma apenas estende o auxílio para mães menores de 18 anos.
O relator da matéria na Câmara, deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), se disse assustado com os vetos, uma vez que a proposta foi negociada com lideranças governistas na Câmara. “Esse veto nos assusta muito porque havia uma concordância. E nos preocupa porque onde fica a segurança com o líder do governo? O líder não tem autonomia para tocar as demandas, para fazer os acordos? Como ficam os próximos acordos? É preocupante, sim. ”
O projeto aprovado é de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Ele fez um apelo para que parlamentares derrubem os vetos. “Bolsonaro demorou cerca de 1 mês para sancionar nosso PL que amplia o auxílio emergencial. Não satisfeito com a demora, trouxe vetos injustificáveis! Negou o benefício de R$ 600 a pescadores, motoristas de aplicativos, taxistas, e muitos outros. Vamos lutar para derrubar esses vetos!”, afirmou o senador em suas redes sociais.
Vice-líder da Minoria, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse em suas redes sociais que “Bolsonaro zomba do povo brasileiro”. Ela criticou o veto a ampliação do benefício a outras categorias. “São pessoas que passam fome hoje e poderiam receber a renda emergencial! Excluiu garçons, artistas, motoristas de app e até pescadores!”, ressaltou.
A Rádio Câmara entrou em contato com lideranças do governo, mas não obteve retorno. Os vetos ainda serão analisados pelo Congresso Nacional, que pode aprová-los ou não.
Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Geórgia Moraes
Sebastião
17/05/2020 - 00h25
Eu quero entender, o motivo de dar exclusividades ou destaques a estas categorias? Todas estas aí, já recebem o auxílio, sejam como desempregados, informais, ou como MEI. Conheço dois motoristas de aplicativos que já estão recebendo o auxílio. Ou é pra receber duplicado? Porque se for, tem que dar o mesmo pra outras categorias, pois tenho uma barbearia, negociei com a dona, pra suspender o aluguel, porque a prefeitura colocou bem na porta: INTERDITADO. O que não pode é privilegiar uma categoria, em detrimento de outras. O meu só foi aprovado ontem. Um absurdo essa demora.